Compositores Barrocos
Principais compositores barrocos
Arc�ngelo Corelli
Arc�ngelo Corelli nasceu no dia 17 de fevereiro de 1653 em Fusignano, cidade localizada entre Bolonha e Ravena. Descendia de uma das mais ricas e tradicionais fam�lias da regi�o.
Foi enviado muito cedo para Faenza onde recebeu educa��o b�sica e onde teria recebido as primeiras li��es de m�sica de um padre. Continuou os estudos em Lugo e, depois mudou-se para Bolonha, em 1666.
Em Bolonha o jovem Corelli se familiarizou com o violino e resolveu dedicar-se inteiramente a ele. Com Giovanni Benvenuti e Leonardo Brugnoli ele adquiriu os elementos essenciais da t�cnica violin�stica. Ap�s quatro anos de estudos, Corelli foi admitido na Academia Filarm�nica de Bolonha.
Em 1675, ele j� estava em Roma. Nesta �poca, os nobres de Roma rivalizavam-se em pompa ao patrocinar apresenta��es art�sticas. Entre os grandes mecenas, destacava-se Cristina Alexandra, que se fixara em Roma depois de abdicar de seu trono na Su�cia, em 1659. M�sicos, poetas, fil�sofos reuniam-se ao redor dela em seu pal�cio, e era uma honra ser convidado para suas festas. Cristina fundou a Academia da Arc�dia a sociedade musical mais fechada da It�lia, onde Corelli seria recebido em 1709.
Aos 36 anos, e ap�s a morte de Cristina da Su�cia, Corelli passou a trabalhar para o Cardeal Ottoboni, seu maior protetor e grande amigo. Homem liberal e apaixonado pelas artes, Ottoboni possibilitou livre tr�nsito a seu protegido, fornecendo-lhe o tempo e as condi��es necess�rias para que ele elaborasse suas obras com absoluta tranq�ilidade.
Sua fama se expandia e estudantes de m�sica vinham de longe para aprender com ele. Corelli j� se firmara como um dos nomes importantes da m�sica instrumental.
Corelli morreu durante a noite de 8 de janeiro de 1713. Estava s�. Desolado, o Cardeal Ottoboni mandou embalsam�-lo e coloc�-lo em um triplo ata�de, feito de chumbo, de cipreste e de castanheiro, e enterrou-o no pante�o de Roma, reservado apenas aos pintores, arquitetos e escultores, membros da Art�stica Congregazione dei Virtuosi al Pantheon.
Sua Obra
Contrariamente � maioria dos grandes nomes da m�sica barroca, Corelli produziu pouco, abordando apenas poucas formas de express�o musical existente em seu tempo. Jamais escreveu para voz. Sua gl�ria repousa inteiramente em seis colet�neas de m�sica instrumental, todas elas dedicadas aos instrumentos de arco.
As quatro primeiras delas dedica-se aos trios, a quinta � o famoso livro de sonatas para violino solo e baixo e a sexta obra, os doze Concertos Grossos.
A Corelli pertence, entre outros, o m�rito de ter favorecido a expans�o do concerto grosso e contribu�do de modo decisivo para o enobrecimento do violino. Derivado da viola, o violino surgiu em meados do s�culo XIV, sempre relegado �s festas populares e � id�ia de vagabundagem e ao gosto duvidoso. Timidamente introduzido nos sal�es do in�cio do s�culo XVII, recebeu depois, com Corelli, brilhante tratamento t�cnico e conquistou definitivamente a corte.
Alessandro Scarlatti
Mestre de capela da rainha Cristina da Su�cia, em Roma, desde 1680, Alessandro Scarlatti transferiu-se para N�poles em 1685, ano de nascimento de seu filho Domenico Scarllatti, a fim de ocupar o posto de mestre de capela do vice-rei espanhol, a quem estava subordinada a cidade. Depois disso, trabalhou para a corte dos M�dici, em Floren�a, e para o Cardeal Ottoboni, em Roma. Em 1708, regressou a N�poles, que seria o centro de sua atividade at� o fim de seus dias.
Fundador da escola oper�stica napolitana e criador de uma linguagem musical que se encontra na base do Classicismo, sua influ�ncia foi sentida at� por Mozart. Sua vasta produ��o inclui cerca de 115 �peras, mais de 600 cantatas, serenatas, orat�rios, missas, motetos, uma Paix�o Segundo S�o Jo�o, pe�as de c�mara, tocatas e diversas pe�as para cravo, 12 Sinfonias de Concerto Grosso (1715), sonatas e obras te�ricas.
Domenico Scarlatti
Giuseppe Domenico Scarlatti nasceu em N�poles, a 26 de outubro de 1685, exatamente no ano que nasceram Bach e Haendel. Seu pai, Allessandro Scarlatti, ent�o com 25 anos e com seis filhos, j� se firmara como compositor fecundo e rapidamente se aproximava da fama como operista.
Desde crian�a, Domenico conviveu com a m�sica, recebendo li��es de seu pai e sofrendo influ�ncia de outros membros da fam�lia: o tio Francesco era violinista,o tio Tomaso era tenor, a tia Anna Maria era cantora; o tio Niccol� tamb�m era m�sico. Em sua pr�pria gera��o, seu irm�o mais velho, Pietro, tornou-se compositor e a irm� Flam�nia era cantora.
Pouco antes de completar dezesseis anos, Mimo (era seu apelido em casa) conseguiu seu primeiro emprego como m�sico profissional, como organista e compositor na Capela Real de N�poles.
Quando tinha vinte anos, seu pai o enviou para Veneza, um grande centro cultural, para se aperfei�oar em seus estudos com o famoso operista e pedagogo Francesco Gasparini, diretor do "Ospedale della Piet�", orfanato e col�gio para meninas, onde trabalhava tamb�m Antonio Vivaldi, o "Padre Ruivo". Nesta �poca, escreveu seu tratado "L’Armonico Pratico al Cembalo" (Pr�tica e Harmonia ao Cravo).
Neste mesmo per�odo conheceu o compositor Haendel, contato que durou pouco tempo, mas mantido posteriormente por correspond�ncia, em uma grande amizade.
No final de 1713, por influ�ncia do pai - ao que parece - Scarlatti assumiu o posto de diretor musical da Bas�lica de S�o Pedro, no Vaticano. Permanecendo at� 1719, escreveu muitas missas e algumas �peras, partituras que se perderam na maioria com o tempo.
Da mesma �poca datam as rela��es de Domenico com o embaixador de Portugal em Roma, o Marqu�s de Fontes, que, gra�as ao ouro do Brasil, mantinha uma corte luxuosa. Com isso, estabeleceram-se as primeiras liga��es do compositor com Portugal, o que, alguns anos mais tarde, mudariam completamente os rumos de sua vida e sua arte.
Em 1720 o compositor foi para Portugal, ficando p�r v�rios anos. Dom Jo�o V, o soberano portugu�s, mantinha uma das mais ricas cortes de todo o mundo. Amante da pompa e do luxo, Dom Jo�o V deu ao compositor todas as condi��es para que o seu trabalho fosse o mais rico poss�vel. Scarlatti tinha ao seu dispor mais de trinta cantores e tantos outros instrumentistas, a maior parte italianos. Al�m de ser o diretor musical e compositor da corte, tornou-se professor de cravo da princesa Maria B�rbara de Bragan�a, uma menina de dez anos. Sob a dire��o de Scarlatti, p�r sua vez, tornou-se uma h�bil int�rprete e ligou-se ao compositor p�r toda sua vida. Casando-se com o herdeiro do trono espanhol, em janeiro de 1729, fez absoluta quest�o de levar Scarlatti para Madri.
Scarlatti somente casou-se ap�s a morte de seu pai. A morte de Alessandro causou uma verdadeira revolu��o na vida do compositor. O pai, m�sico muito mais famoso que ele, tinha um temperamento dominador, exercendo sobre o filho uma fun��o castradora. Enquanto Alessandro vivia, Domenico dedicou-se ao mesmo tipo de composi��o do pai, mas nunca conseguiu super�-lo. Ap�s sua morte, Domenico procurou seu caminho, dedicando-se cada vez mais �s composi��es para teclado. No plano pessoal � significativo o fato do compositor s� ter se casado depois do falecimento do pai. Isso ocorreu em Roma,quando Domenico j� contava com 43 anos de idade. A esposa era uma jovem romana de 16 anos, Maria Catalina, que lhe deu cinco filhos, todos nascidos na Espanha.
Na Espanha se iniciou a fase mais brilhante de sua carreira de compositor. Vivendo nos pal�cios reais de Sevilha, Madr� e arredores, mas tamb�m junto ao povo das ruas, Scalartti absorveu toda a cultura espanhola e tornou-se um verdadeiro espanhol. Al�m do cotidiano contato com a princesa, foram muito importantes as rela��es com Carlo Broschi, famoso castrato italiano conhecido como farinelli, diretor musical da corte e o mais conhecido cantor do s�culo XVIII. Farinelli dirigia todos os espet�culos da faustosa corte espanhola e o seu relacionamento com Scarlatti foi sempre o melhor poss�vel.
Outro contato importante foi o que Scarlatti manteve com o padre Ant�nio Soler, 44 anos mais mo�o que ele e sobre o qual o compositor exerceu profunda influ�ncia. Soler escreveu grande n�mero para cravo e publicou, em 1762, um tratado intitulado Chave de Modula��o, onde expunha os m�todos de suas caprichosas modula��es - as mesmas que se encontram nas obras de Scarlatti.
Da vida �ntima do compositor quase nada se sabe. Em 1739, sua esposa faleceu e ele, pouco tempo depois, casou-se outra vez, com uma espanhola, Anast�sia Maxarti Ximenes, que lhe deu mais quatro filhos. Todos formavam uma fam�lia feliz, sem maiores problemas, a n�o ser alguns dissabores causados pelo �nico v�cio do compositor: o jogo. O inveterado jogador gastava noites e noites em apostas dos mais variados tipos, perdendo grandes somas nestas atividades...mas a Rainha B�rbara vinha sempre em seu socorro e pagava suas d�vidas.
Doente, j� setuagen�rio, Domenico passou os �ltimos cinco anos recluso em casa. E, pouco antes de morrer a 23 de julho de 1757, fez um testamento onde pagava, antecipadamente, a realiza��o de cinq�enta missas para os pobres.
SUA OBRA
Praticamente toda a obra de Scarlatti composta na It�lia se perdeu, restando apenas alguns libretos de �pera e fragmentos de partituras. Sua produ��o portuguesa se perdeu no c�lebre terremoto de primeiro de novembro de 1755, em Lisboa.
De modo igual, das cerca de 555 sonatas para cravo - a parte principal da obra de Domenico - n�o sobrou nenhum manuscrito aut�grafo; somente c�pias feitas na �poca p�r outros m�sicos.
Scarlatti criou uma das mais originais obras do s�culo XVIII e uma das mais importantes da literatura para teclado. Virtuose sem rival - pela t�cnica e brilho que extra�a do cravo - libertou o instrumento das limita��es. Introduzindo saltos e harpejos extens�ssimos, notas de passagem dupla, cruzamento de m�os e r�pidas repeti��es de notas, Scarlatti fez avan�ar a t�cnica do teclado a tal modo que, um s�culo depois - com Chopin e Liszt - surgiriam inova��es de grande import�ncia.
As sonatas compostas em sua "fase virtuos�stica"cont�m dificuldades somente superadas com muita maestria t�cnica. Embora o autor tenha prometido compor pe�as de f�cil interpreta��o, estas sonatas est�o cheias de acrobacias...o seu gosto p�r estas proezas acrob�tica decorria tanto de seu amor ao instrumento e de sua alegria em toc�-lo, quanto uma n�tida tend�ncia exibicionista. � tal sua �nsia neste sentido que, parece que todo o corpo do int�rprete � chamado a participar. Os mais fant�sticos cruzamentos de m�os s�o encontrados nestas sonatas.
O Scarlatti da maturidade � encontrado a partir de 1752. O compositor mostra-se mais l�rico e , at� certo ponto, introvertido. Suas pe�as s�o temperadas com uma certa do�ura e refinamento, e muitas delas s�o em movimentos mais lentos.
Georg Phillipp Telemann
George Philipp Telemann nasceu em Magdeburgo, a 14 de mar�o de 1681, e foi batizado a 17 do mesmo m�s. De forma��o autodidata como instrumentista e compositor, o jovem teve que lutar para seguir sua carreira de m�sico, j� que sua fam�lia se opunha decididamente. Seu pai, Heinrich Telemann, foi di�cono e vinha de uma fam�lia que, por v�rias gera��es, formara pastores protestantes.
A tradi��o de sua fam�lia obrigava-o a receber uma forma��o universit�ria. Telemann foi bom aluno no col�gio e, ainda adolescente, era capaz de escrever versos em alem�o, latim e franc�s. A partir dos 10 anos tocava com perfei��o flauta, violino e outros instrumentos, mas n�o conhecia teoria musical. Seu �nico per�odo de aprendizagem musical coincidiu com os anos em que freq�entou o liceu, onde estudou com Benedict Christiani, compositor de m�sica sacra.
Em 1701, a fim de agradar a fam�lia, iniciou os estudos de Direito na Universidade de Leipzig, abandonando-os pouco depois.
Meses depois de ter se instalado em Leipzig fundou um Collegium Musicum formado por quarenta estudantes. Esta institui��o, conhecida pelo nome de Colegium Telemanniano, passou a ser dirigida, a partir de 1729, por Johann Sebastian Bach.
Em 1704 foi nomeado organista e mestre de capela da Neue Kirche ou igreja Nova de Leipzig, a capela universit�ria. Em 1705 entrou para o servi�o da corte do conde Erdmann von Promnitz, que residia em Sorau. Telemann escreveu cerca de duzentas aberturas francesas para a capela musical da corte. De Sorau mudou-se, acompanhando a corte, para Pless, Alta Sil�sia e Crac�via, onde conheceu a m�sica popular polonesa.
No ano de 1706 regressa � Alemanha, mudando-se para a cidade de Eisenach, o centro da m�sica alem� e foi nomeado diretor de concertos e mestre-de-capela pelo duque Johann Wilhelm. Telemann escreveu um grande n�mero de cantatas profanas e obras instrumentais, em especial sonatas a trio, iniciando tamb�m a composi��o de cantatas religiosas.
Em 1712, o compositor trocou o servi�o da corte por outras fun��es art�sticas em Frankfurt. Foi contratado para dirigir a m�sica em duas igrejas: a de Barf�sser e a de Santa Catarina. Como secret�rio da Sociedade Frauenstein, reorganizou o Collegium Musicum de acordo com suas id�ias e, no ano seguinte, apresentou numerosas pe�as instrumentais.
Apesar da magn�fica posi��o que tinha em Frankfurt, Telemann mudou-se para Hamburgo em 1715, mas continuou a enviar para Frankfurt suas obras religiosas at� 1757. Segundo a tradi��o de Hamburgo, o compositor era obrigado a compor todos os anos uma paix�o e pe�as para as datas c�vicas e religiosas. Em 1722 come�ou a dirigir a �pera de Hamburgo, que estava em crise, e conseguiu animar a vida musical desta cidade, permitindo o acesso de todos os cidad�os ( e n�o apenas os nobres) aos concertos, mediante o pagamento de uma entrada.
Em 1737 deslocou-se a Paris, onde morou por oito meses, o que representou sua consagra��o internacional. A partir de 1740, a sua atividade como compositor diminuiu. Morreu em Hamburgo, no dia 25 de junho de 1767, aos 86 anos de idade.
� autor de 40 �peras, 12 s�ries de cantatas para todos os domingos e festas do ano, 46 paix�es, 600 aberturas � francesa, in�meros orat�rios e m�sica de c�mara.
Henry Purcell
(Londres, Inglaterra 1659 - Londres 1695)
Henry Purcell nasceu em um dia indeterminado no ano de 1659, no seio de uma fam�lia de m�sicos. Seu pai, tamb�m Henry, foi cantor e professor da abadia de Westminster; seu tio, Thomas, foi m�sico da corte do rei Carlos II.
Logo muito novo, Purcell entrou para o coro da Capela Real, onde come�ou a estudar composi��o.
Em 1673 foi nomeado conservador dos instrumentos da corte, cargo n�o remunerado, mas que o ajudou a obter trabalho como copista, afinador e reparador de �rg�os.
Em 1679, tornou-se um dos organistas da Abadia de Westminster, sucedendo o famoso John Blow. Em 1680, escreveu uma s�rie de fantasias para cordas, uma can��o de boas-vindas a Carlos II (Welcome, viceregent of my mighty King) e a m�sica para a trag�dia de Nathaniel Lee (Theodosius or The Force of Love).
Em 1681, Purcell casou-se e, no ano seguinte foi nomeado organista da Capela Real. A partir deste ano revelou-se um compositor muito requisitado. O ano de 1683 foi muito importante para Purcell: sua primeira s�rie de sonatas a trio foi publicada e o compositor foi nomeado para o cargo de construtor dos �rg�os reais.
No ano de 1689 escreveu sua �nica �pera aut�ntica, Dido e En�ias, representada no Josias Priest's, um col�gio de meninas em Chelsea. A partir de 1690, Purcell comp�s regularmente obras c�nicas com importantes epis�dios musicais � maneira das mascaradas. As mais importantes s�o: Diocleciano (1690), O Rei Artur (1691), A Rainha das Fadas (1692) e A Rainha Indiana (1695). Purcell escreveu, durante estes anos, m�sica de acompanhamento para pe�as teatrais.
Paralelamente ao teatro, o compositor jamais abandonou os outros estilos de composi��o. Escreveu can��es e m�sica sacra, n�o s� para a Capela Real, mas para as datas festivas, como a celebra��o anual do dia de Santa Cec�lia (Te Deum and Jubilate, em r� maior - 1694) e a magn�fia m�sica f�nebre para a rainha Ana (1695).
Purcell morreu em Londres em 21 de novembro de 1695, no auge da fama e foi enterrado na Abadia de Westminster, perto da galeria do �rg�o.
� autor de vast�ssima obra religiosa, pe�as de circunst�ncia, coro, hinos, �peras e m�sica de cena. Comp�s tamb�m odes e cantatas dedicadas aos reis Carlos II e Jaime II, bem como � rainha Maria: Sound the Trumpet (1687); odes � Santa Cec�lia; m�sica instrumental (Musick's Hand Maid; para cravo, As Li��es; para �rg�o, Voluntaries; para cordas, Fantasias; sonatas a tr�s e quatro partes).
Jean Philippe Rameau
Jean Philippe Rameau nasceu em Dijon, no dia 25 de setembro de 1683. Os estudos musicais foram feitos com o seu pai, Jean, organista de Dijon. Estudou at� os 16 anos no col�gio jesu�ta, onde adquiriu seus conhecimentos gerais. At� os quarenta anos vive uma vida relativamente itinerante: aos 19 anos viaja para a It�lia, onde passa a integrar, como violinista, uma trupe de m�sicos italianos.
Exerceu a atividade de organista em muitas cidades francesas: Avignon, Clermont, Paris, Dijon e Lyon. Os resultados de um conhecimento teclad�stico pleno estar�o fixados na produ��o para cravo, iniciada em 1706 e estendendo-se at� 1747.
Em 1715, quando era organista da catedral de Clermont, redigiu o seu Tratado de Harmonia reduzida a seus principios naturais (1722).
Fixou-se em Paris e ali escreveu uma segunda colet�nea, Pe�as para Cravo com um M�todo (1724), e as Novas su�tes para pe�as para cravo (1728).
Estreou como compositor de �peras em 1733 com Hippolyte et Aricie, � qual se sucederam Les indes galantes (1735), Castor et Pollux (1737), Les f�tes d'H�b� (1739), Dardanus (1739), Plat�e (1745), Za�s (1748), Pygmalion (1748) e Zoroastre (1749).
Durante seus �ltimos dez anos, trabalhou em suas obras te�ricas e comp�s mais duas �peras, Les paladins (1760) e Les bor�ades.
Rameau foi um dos grandes compositores de sua �poca e elevou a �pera francesa ao seu mais alto n�vel. Em suas obras te�ricas, racionalizou a harmonia.
Jos� Ant�nio Carlos Seixa
Organista, cravista e compositor portugu�s. Nasceu no dia 11 de junho de 1704, em Coimbra e faleceu precocemente, aos 38 anos, em Lisboa, no dia 25 de agosto de 1742. Seu pai, Francisco Vaz, organista da Catedral de Coimbra, foi seu primeiro professor.
Ocupou o posto de organista por dois anos, ap�s a morte de seu pai e, gra�as ao seu talento e grande desenvolvimento musical, ocupou o cargo de organista na Catedral de Lisboa. Carlos Seixas estava com apenas 16 anos.
Em Lisboa tornou-se amigo de Domenico Scarllatti , Mestre de Capela Real, que considerava Carlos Seixas o melhor professor de cravo j� visto. Alguns anos depois, o jovem compositor foi nomeado Vice Mestre de Capela Real.
Sua obra � composta, em grande parte, de pe�as para instrumentos de teclado, chamadas de tocatas ou sonatas. � autor de cerca de 700 tocatas para cravo, das quais somente 105 chegaram at� nossos dias. Deixou ainda minuetos e fugas para �rg�o, clavic�rdio e cravo, um concerto para cravo e acompanhamento de cordas, duas aberturas para orquestra e algumas obras religiosas. � considerado o maior compositor portugu�s de m�sica para instrumento de teclado.