Folha Online
Hist�ria
Sal�o do Autom�vel completa 40 anos de muita hist�ria
CLAUDIA GARCIA
do Banco de Dados
A trajet�ria do Sal�o do Autom�vel mostra a evolu��o da ind�stria e do mercado automobil�stico nacional, que de uma frota de 708 mil ve�culos em 1956, chega atualmente a cerca de 20 milh�es. O principal objetivo do evento era reverter a imagem negativa de descr�dito e desconfian�a que acompanhava os ve�culos nacionais, fruto da conviv�ncia hist�rica do mercado com modelos importados.
Em sua primeira vers�o, realizada em 1960 no parque do Ibirapuera, em S�o Paulo, o Sal�o do Autom�vel contou com 11 expositores e recebeu a visita de 400 mil pessoas, que puderam ver v�rios modelos de ve�culos entre caminh�es, autom�veis, jipes, peruas, �nibus e tratores. Em visita ao Sal�o, o ent�o presidente Juscelino Kubitschek disse que "o pa�s marchou 50 anos em 5". Com sucesso, o evento conseguiu aquecer as vendas do setor.
Em 1962, aconteceu a terceira edi��o do Sal�o, que passou a ser bienal. Nesse per�odo o �ndice de nacionaliza��o da ind�stria automobil�stica j� era de 97%. As grandes atra��es do evento foram o Karmann-Ghia e os utilit�rios Amazonas da GM e Bandeirante da Toyota.
A quarta vers�o do evento, em 1964, comemorou a marca de um milh�o de ve�culos fabricados no Brasil e, em 1966, a grande novidade foi o lan�amento de autom�veis de luxo nacionais, o Ford Galaxie e o Itamaraty Executivo, marcando o in�cio da fabrica��o desse tipo de autom�vel no pa�s.
O s�timo Sal�o do Autom�vel, em 1970, inaugurou o Parque Anhembi, onde passou a ser realizado. Com maior espa�o para a exposi��o dos produtos, a edi��o seguinte do evento, em 1972, contou com 236 expositores e pretendia atingir o mercado externo. Nessa �poca, a produ��o de ve�culos j� havia ultrapassado a marca dos 3,7 milh�es de unidades.
A grande novidade da d�cima edi��o do Sal�o do Autom�vel, de 1976, foram os novos motores adaptados ao uso do �lcool, que com a crise do petr�leo surgiu como uma alternativa mais barata. Em 1986, os ve�culos a �lcool chegaram a representar 96% do total das vendas registradas no pa�s.
O evento de 1978 comemorou a marca de oito milh�es de ve�culos produzidos pela ind�stria automobil�stica nacional e atraiu um p�blico de 780 mil pesoas.
O Sal�o de 1984 exp�s prot�tipos de carros do futuro, projetados para o ano 2000, al�m de alguns lan�amentos importantes, como o Uno, da Fiat, e o Escort, da Ford.
Em 1986, um desentendimento entre a Anfavea (Associa��o Nacional dos Fabricantes de Ve�culos Automotores) e a organiza��o do evento fez com que, pela primeira vez, a ind�stria nacional n�o participasse do Sal�o do Autom�vel. Participaram apenas empresas estrangeiras de diversos pa�ses.
A ind�stria de autom�veis entrou na era da eletr�nica e os primeiros ve�culos com inje��o eletr�nica de combust�vel fabricados no Brasil foram apresentados em 1988: o Monza FI, da GM, e o Gol GTI, da Volks
Carros estrangeiros d�o nova cara ao Sal�o
Com a nova pol�tica econ�mica de livre com�rcio, abrindo o pa�s �s importa��es, o Sal�o do Autom�vel de 1990 contou com a presen�a de alguns ve�culos estrangeiros e registrou 330 expositores e 711 mil visitantes. J� na edi��o seguinte, em 1992, com a abertura consolidada, a ind�stria automobil�stica brasileira colocou, lado a lado, seus produtos e os importados.
Em 1994, os carros populares j� representavam o maior volume de produ��o das montadoras e foram uma das maiores atra��es da feira, ao lado de alguns dos carros mais luxuosos e caros do mundo.
O evento de 1996 mostrou a expans�o do setor automobil�stico, com 300 expositores nacionais e estrangeiros. Em sua 20� edi��o, realizada em 1998, apesar da grave crise vivida pelo setor, mostrou uma verdadeira sintonia com o resto do mundo. Os 500 mil visitantes puderam ver os mais recentes lan�amentos mundiais, como a Maserati 3200 GT e o Audi TT.
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