19 anos sem os mamonas assassinas
- ️Mon Mar 02 2015
Mamonas Assassinas foi uma banda brasileira de rock cômico. O som era uma mistura de punk rock com influências de gêneros populares, tais como forró (Jumento Celestino), brega (Bois Dont Cry), além de heavy metal (Débil Metal), pagode (Lá Vem o Alemão), Música mexicana (Pelados em Santos), Rap (Zé Gaguinho), Reggae (Onon Onon) e o vira (Vira-Vira). A carreira da banda, com o nome de Mamonas Assassinas, durou de julho de 1995 até 2 de março de 1996 (pouco mais de 7 meses) e não só a morte de seus integrantes, como também o sucesso destes, foi meteórico e estrondoso. Com um único álbum de estúdio, Mamonas Assassinas, lançado em junho de 1995, o grupo acarretou a venda de mais de 3 milhões de cópias no Brasil, sendo certificado com Disco de Diamante em 1995, comprovado pela ABPD. Álbum este, que com letras bem-humoradas, como “Pelados em Santos”, “Robocop Gay”, “Vira-Vira”, “1406” e “Mundo Animal”, os levou ao sucesso estrondoso. Porém, no auge de suas carreiras, os integrantes da banda foram vítimas de um acidente aéreo fatal
Os Mamonas Assassinas sempre tiveram uma certa relação com aviões. Quando adolescente, Samuel costumava desenhar aviões. No final dos anos 80, Sérgio, Bento e Samuel formaram a banda Ponte Aérea, que depois se tornaria Utopia. Todos os integrantes do grupo moravam perto do Aeroporto Internacional de São Paulo-Guarulhos. No disco homônimo do grupo Mamonas Assassinas, há um agradecimento a Santos Dumont “Por ter inventado o avião, se não a gente ainda estaria indo mixar o disco a pé”. Um trecho da música 1406 cita um avião. “Você não sabe como parte um coração/ Ver seu filhinho chorando querendo ter um avião” Existem registros em que Dinho cita o cantor norte-americano Ritchie Valens, conhecido pela música La Bamba, morto em um acidente aéreo em 03 de Fevereiro de 1959. Em um vídeo Júlio e Dinho cantam a música Donna de Ritchie Valens. Durante uma entrevista ao Top 30 MTV, Dinho afirmou que os Mamonas Assassinas não lançariam um segundo disco “Vamos fazer um show no interior e nós vamos de monomotor, você já ouviu falar em La Bamba?”. Em algumas oportunidades o vocalista chegou a assumir o lugar do piloto durante as viagens do grupo. As brincadeiras com um possível acidente era constante, e diversas brincadeiras com a morte foram registradas. No dia 02 de Março de 1996, o tecladista Júlio disse a um amigo cabeleireiro que havia sonhando com um acidente de avião. O depoimento foi gravado e teve muita repercussão na época.
Em março de 1989, Sérgio Reoli, ao trabalhar na Olivetti, conhece Maurício Hinoto, irmão de Bento. Ao saber que Sérgio é baterista, Maurício decide apresentar o irmão, que toca guitarra. A partir daí, Sérgio conhece Bento e decidem criar uma banda. Na época, Samuel Reoli, irmão de Sérgio, não se interessava em música, preferindo desenhar aviões. De repente, porém,ao ver Sérgio e Bento ensaiarem em sua casa ele se interessou pela música e passou a tocar o baixo elétrico,estava formada assim a cozinha com baixo,guitarra e bateria. Os três formaram o grupo Utopia, especializado em covers de grupos como Ultraje a Rigor, Legião Urbana, Titãs, Paralamas do Sucesso, Barão Vermelho, Rush,etc… Em um show, em Julho de 1990, o público pediu para tocarem uma música dos Guns N Roses, e como não sabiam a letra, pediram a um espectador para ajudá-los. Alecsander Alves, conhecido como Dinho, voluntariou-se para cantar e provocou grandes risadas da platéia, com sua performance escrachada, garantindo o posto de vocalista da banda. Através de Dinho, entrou o quinto integrante da banda, o tecladista Júlio Rasec. O Utopia passou a apresentar-se na periferia de São Paulo, e lançou um disco que vendeu menos de 100 cópias. Aos poucos, os integrantes começaram a perceber que as palhaçadas e músicas de paródia que faziam nos ensaios para se divertirem eram mais bem recebidas pelo público do que os covers e as músicas sérias. Começaram introduzindo devagar nos shows algumas paródias musicais, com receio da aceitação do público, mas eles perceberam que o público aceitava muito bem as músicas escrachadas,foi ai a chave para o sucesso da banda. Através de um show em uma boate em Guarulhos (SP), conheceram o produtor Rick Bonadio(mesmo empresário da banda de Santos, Charlie Brown Jr.).Gravaram duas músicas, Pelados em Santos e Robocop Gay e decidiram, então, mudar o perfil da banda, a começar pelo nome, “Mamonas Assassinas do Espaço”, criado por Samuel Reoli e reduzido para “Mamonas Assassinas”.
A banda enviou uma fita demo com as músicas “Pelados em Santos”, “Robocop Gay” e “Jumento Celestino” para 3 gravadoras, entre elas a Sony Music e a EMI. Rafael Ramos, amigo da banda, baterista da banda Baba Cósmica e filho do diretor artístico da EMI, João Augusto Soares, insistiu na contratação. Após assistir uma apresentação do grupo em 28 de Abril de 1995, João Augusto resolveu assinar contrato com os “Mamonas”. Após gravar um disco produzido por Rick Bonadio (apelidado pela banda de Creuzebek), os “Mamonas” saíram em imensa turnê, apresentando-se em programas como Jô Soares Onze e Meia, Domingo Legal,Programa Livre (no SBT), Domingão do Faustão, Xuxa Park (ambos na Rede Globo) e tocando cerca de 8 vezes por semana, com apresentações em 25 dos 27 estados brasileiros e ocasionais dois shows por dia. O cachê dos “Mamonas” tornou-se um dos mais caros do país, variando entre R$50 e 70 mil, e a EMI faturou cerca de R$80 milhões com a banda. Em certo período, a banda vendia 100 mil cópias a cada dois dias. Em 1992, quando eram o Utopia, os integrantes tentaram tocar no Estádio Paschoal Thomeo (conhecido como Thomeozão), em Guarulhos, porém foram expulsos pelo dirigente do mesmo, que considerava que a banda nunca iria fazer sucesso devido ao nome (Utopia). Em Janeiro de 1996, porém, já como Mamonas, os cinco lotaram o estádio. O logotipo da banda é uma inversão da logomarca da Volkswagen, colocada de ponta-cabeça, formando assim um M e um A de “Mamonas Assassinas”. Um veículo da empresa alemã é citado na canção “Pelados em Santos”: a Volkswagen Brasília, e na canção “Lá vem o Alemão” a Volkswagen Kombi. Os “Mamonas” preparavam uma carreira internacional, com partida para Portugal preparada para 3 de Março de 1996. Porém em 2 de Março, enquanto voltavam de um show em Brasília, o jatinho Learjet em que viajavam, prefixo LR-25D – PT-LSD, chocou-se contra a Serra da Cantareira, numa tentativa de arremeter vôo, matando todos que estavam no avião. O enterro, no dia 4 de Março, fora acompanhado por mais de 65 mil fãs (em algumas escolas, até mesmo não houve aula por motivo de luto).
A banda enviou uma fita demo com as músicas “Pelados em Santos”, “Robocop Gay” e “Jumento Celestino” para 3 gravadoras, entre elas a Sony Music e a EMI. Rafael Ramos, amigo da banda, baterista da banda Baba Cósmica e filho do diretor artístico da EMI, João Augusto Soares, insistiu na contratação. Após assistir uma apresentação do grupo em 28 de Abril de 1995, João Augusto resolveu assinar contrato com os “Mamonas”. Após gravar um disco produzido por Rick Bonadio (apelidado pela banda de Creuzebek), os “Mamonas” saíram em imensa turnê, apresentando-se em programas como Jô Soares Onze e Meia, Domingo Legal,Programa Livre (no SBT), Domingão do Faustão, Xuxa Park (ambos na Rede Globo) e tocando cerca de 8 vezes por semana, com apresentações em 25 dos 27 estados brasileiros e ocasionais dois shows por dia. O cachê dos “Mamonas” tornou-se um dos mais caros do país, variando entre R$50 e 70 mil, e a EMI faturou cerca de R$80 milhões com a banda. Em certo período, a banda vendia 100 mil cópias a cada dois dias. Em 1992, quando eram o Utopia, os integrantes tentaram tocar no Estádio Paschoal Thomeo (conhecido como Thomeozão), em Guarulhos, porém foram expulsos pelo dirigente do mesmo, que considerava que a banda nunca iria fazer sucesso devido ao nome (Utopia). Em Janeiro de 1996, porém, já como Mamonas, os cinco lotaram o estádio. O logotipo da banda é uma inversão da logomarca da Volkswagen, colocada de ponta-cabeça, formando assim um M e um A de “Mamonas Assassinas”. Um veículo da empresa alemã é citado na canção “Pelados em Santos”: a Volkswagen Brasília, e na canção “Lá vem o Alemão” a Volkswagen Kombi. Os “Mamonas” preparavam uma carreira internacional, com partida para Portugal preparada para 3 de Março de 1996. Porém em 2 de Março, enquanto voltavam de um show em Brasília, o jatinho Learjet em que viajavam, prefixo LR-25D – PT-LSD, chocou-se contra a Serra da Cantareira, numa tentativa de arremeter vôo, matando todos que estavam no avião. O enterro, no dia 4 de Março, fora acompanhado por mais de 65 mil fãs (em algumas escolas, até mesmo não houve aula por motivo de luto).
O ACIDENTE
A aeronave havia sido fretada com a finalidade de efetuar o transporte do grupo musical para um show no Estádio Mané Garrincha, em Brasília. No dia 1º de março de 1996, transportou esse grupo de Caxias do Sul para Piracicaba, onde chegou às 15h45. No dia 2 de março de 1996, com a mesma tripulação e sete passageiros, decolou de Piracicaba, às 07h10, com destino a Guarulhos, onde pousou às 7h36. A tripulação permaneceu nas instalações do aeroporto, onde, às 11h02, apresentou um plano de voo para Brasília, estimando a decolagem para as 15h00. Após duas mensagens de atraso, decolaram às 16h41. O pouso em Brasília ocorreu às 17h52. A decolagem de Brasília, de regresso a Guarulhos, ocorreu às 21h58. O voo, no nível (FL) 410, transcorreu sem anormalidades. Na descida, cruzando o FL 230, a aeronave de prefixo PT-LSD chamou o Controle São Paulo, de quem passou a receber vetoração por radar para a aproximação final do procedimento Charlie 2, ILS da pista 09R do Aeroporto de Guarulhos (SBGR). A aeronave apresentou tendência de deriva à esquerda, o que obrigou o Controle São Paulo (APP-SP) a determinar novas provas para possibilitar a interceptação do localizador (final do procedimento). A interceptação ocorreu no bloqueio do marcador externo e fora dos parâmetros de uma aproximação estabilizada. Sem estabilizar na aproximação final, a aeronave prosseguiu até atingir um ponto desviado lateralmente para a esquerda da pista, com velocidade de 205Kt a 800 pés acima do terreno, quando arremeteu. A arremetida foi executada em contato com a torre, tendo a aeronave informado que estava em condições visuais e em curva pela esquerda, para interceptar a perna do vento. A torre orientou a aeronave para informar ingressando na perna do vento no setor sul. A aeronave informou “setor norte”. Na perna do vento, a aeronave confirmou à Torre estar em condições visuais. Após algumas chamadas da Torre, a aeronave respondeu e foi orientada a retornar ao contato com o APP-SP para coordenação do seu tráfego com outros dois tráfegos em aproximação IFR. O PT-LSD chamou o APP-SP, o qual solicitou informar suas condições no setor. O PT-LSD confirmou estar visual no setor e solicitou “perna base alongando”, sendo então orientado a manter a perna do vento, aguardando a passagem de outra aeronave em aproximação por instrumento. No prolongamento da perna do vento, no setor Norte, às 23h16, o PT-LSD chocou-se com obstáculos a 3.300 pés (1006 metros), no ponto de coordenadas 23º25 52″S 046º35 58″W. Em consequência do impacto, a aeronave foi destruída e todos os ocupantes faleceram no local.
Uma operação equivocada do piloto é a versão do Departamento de Aviação Civil (DAC) para explicar o acidente com o jatinho que causou a morte dos cinco integrantes do grupo Mamonas Assassinas na noite de 2 de março de 1996, em São Paulo. A 10 quilômetros do Aeroporto Internacional de Guarulhos, em Guarulhos, o piloto repetia, a pedido da torre de controle, o procedimento de aterrissagem. No entanto, em vez de fazer uma curva para a direita, virou o avião Lear Jet 25, prefixo PT-LSD, para a esquerda, chocando-se com a Serra da Cantareira. Além dos componentes da banda, Dinho, que completaria 25 anos dali a três dias, os irmãos Samuel (que completaria 23 anos no dia 11 de março) e Sérgio, Júlio e Bento, também morreram no acidente o piloto, o co-piloto e dois assistentes dos artistas, Isaque Souto, primo de Dinho, e Sérgio Saturnino Porto, segurança do grupo. A morte trágica de seus cinco integrantes causou comoção em todo o Brasil, menos de dois anos depois da morte de Ayrton Senna em 1994. Dias após, houve um minuto de silêncio no Maracanã, antes do jogo entre Botafogo e Flamengo.
Mamonas e os Aviões
Os Mamonas Assassinas sempre tiveram uma certa relação com aviões. Quando adolescente, Samuel costumava desenhar aviões. No final dos anos 80, Sérgio, Bento e Samuel formaram a banda Ponte Aérea, que depois se tornaria Utopia. Todos os integrantes do grupo moravam perto do Aeroporto Internacional de São Paulo-Guarulhos. No disco homônimo do grupo Mamonas Assassinas, há um agradecimento a Santos Dumont “Por ter inventado o avião, se não a gente ainda estaria indo mixar o disco a pé”. Um trecho da música 1406 cita um avião. “Você não sabe como parte um coração/ Ver seu filhinho chorando querendo ter um avião” Existem registros em que Dinho cita o cantor norte-americano Ritchie Valens, conhecido pela música La Bamba, morto em um acidente aéreo em 03 de Fevereiro de 1959. Em um vídeo Júlio e Dinho cantam a música Donna de Ritchie Valens. Durante uma entrevista ao Top 30 MTV, Dinho afirmou que os Mamonas Assassinas não lançariam um segundo disco “Vamos fazer um show no interior e nós vamos de monomotor, você já ouviu falar em La Bamba?”. Em algumas oportunidades o vocalista chegou a assumir o lugar do piloto durante as viagens do grupo. As brincadeiras com um possível acidente era constante, e diversas brincadeiras com a morte foram registradas. No dia 02 de Março de 1996, o tecladista Júlio disse a um amigo cabeleireiro que havia sonhando com um acidente de avião. O depoimento foi gravado e teve muita repercussão na época.
LEGADO
Em 2 de março de 1996, um acidente aéreo tirou a vida dos cinco integrantes da banda mais divertida do BRasil
Mamonas Assassinas: veja 19 lições que eles nos deixaram
Foi no dia 2 de março de 1996 que terminou uma das histórias mais legais da música brasileira. Um acidente aéreo nos levou Dinho, Bento Hinoto, Júlio Rasec, Samuel Reoli e Sérgio Reoli. Os Mamonas Assassinas. Eles estavam em palcos Brasil afora e eram disputados a unhas e dentes por Gugu, Faustão e qualquer programa de TV para que aparecessem, nem que por alguns minutos para um playback – ou creuzebeck? – com suas fantasias e muita descontração. Além dessas boas memórias, eles nos deixaram um disco e frases inesquecíveis que são lições até hoje. Vamos listar 19 delas para lembrar desses 19 anos sem o quinteto mais divertido do Brasil.
1. Music is very good e very porreta.
https://www.youtube.com/watch?v=rmMj8UC5Mig
Afinal, quem não gosta de música, boa pessoa não é.
2. Money, que é good nóis num have, se nóis hevasse nóis num tava aqui workando.
Trabalhar é importante.
3. O homem é corno e cruel, mata a baleia que não chifra e é fiel.
Uma lição sobre a humanidade.
4. Abra sua mente, gay também é gente.
Ensinando tolerância desde a década de 90.
5. Quem amafagafar os mafagafinhos, bom amafagafigador será.
Sempre atual.
6. A soma do quadrado dos catetos é igual a porra da hipotenusa.
Matemática fácil de ser entendida.
7. Mais vale um na mão, do que dois no sutiã.
Uma questão de lógica.
8. O meu bumbum era flácido. Mas esse assunto é tão místico. Devido a um ato cirúrgico. Hoje eu me transformei.
Um tema tão atual na época do hidrogel.
9. O amor é uma faca de dois legumes. A luz anal de um vagalume.
https://www.youtube.com/watch?v=YVfTwID_0u0
Rimas ricas.
10. Por exemplo, os cachorro. Que come a própria mãe. Sua irmã e suas tias.
Biologia animal.
11. Eu di um beijo nela. E chamei pra passear. A gente fomos no shopping. Pra mó de a gente lanchar.
https://www.youtube.com/watch?v=UQbbsVguNgk
O chopis centis, um rolê infalível para o flerte.
12. Descendo com o jumento na mó vula. Ultrapassei farol vermelho e dei de frente com uma mula. Saí avuando, parecia um foguete. Só não estourei meu coco, pois tava de capacete.
Boa lição.
13. Se der uma chuva de Xuxa no meu colo cai Pelé.
Não é assim com todo mundo?
14. Como aquele ditado que já dizia. Pau que nasce torto mija fora da bacia.
A carapuça serviu em alguém?
15. Você não sabe como parte um coração. Ver seu filhinho chorando querendo ter um avião. Você não sabe como é frustrante. Ver sua filhinha chorando por um colar de diamantes.
Uma lição sobre o consumismo.
16. Soy un hombre conformado. Escuto a voz do coração. Sou um corno apaixonado. Sei que já fui chifrado. Mas o que vale é tesão…
Afinal né…quem nunca?
17.O meu nome é Dejair. Facinho de confundir com João do Caminhão…
Pois é.
18. Mês de agosto, sempre tem vacinação!
Um serviço!
19. Fome, miséria, incompreensão. O Brasil é Treta Campeão.
Pena que não viram o penta, mas as letras seguem atuais.
ALEXSANDER ALVES(DINHO)
Julio Rasec
Samuél Reoli
Alberto Hinoto (Bento)
Sérgio Reoli