Albatroz-errante – Wikipédia, a enciclopédia livre
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Estado de conservação | ||||||||||||||
![]() Vulnerável (IUCN 3.1) [1] | ||||||||||||||
Classificação científica | ||||||||||||||
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Nome binomial | ||||||||||||||
Diomedea exulans Lineu, 1758 | ||||||||||||||
Distribuição geográfica | ||||||||||||||
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Sinónimos | ||||||||||||||
Diomedea exulans exulans (Linnaeus, 1758) Diomedea exulans gibsoni |
Albatroz-errante,[2] albatroz-gigante[3][4] ou albatroz-viageiro[5] (Diomedea exulans) é uma ave da família Diomedeidae que ocorre na maior parte do oceano austral, das margens do gelo que circunda a Antártica (68°S) até o Trópico de Capricórnio (23°S) e, ocasionalmente, até mais ao norte, com alguns registros fora da Califórnia e no Atlântico Norte. Durante o inverno, a maior parte das aves se concentra ao norte da Convergência Antártica.

As crias de albatroz-errante são quase totalmente marrons ao deixarem o ninho mas com a idade adquirem a plumagem branca e cinzenta, sendo machos mais brancos que as fêmeas. Os machos das ilhas Geórgia do Sul pesam entre 8,2 e 11,9 kg, enquanto as fêmeas, mais leves, pesam entre 6,4 e 8,7 kg. Este animal partilha com o Marabu e o condor-dos-andes a distinção de possuir a maior envergadura de asas das aves terrestres, variando de 2,90 a 3,50 metros. O albatroz-errante nidifica em colônias dispersas com posturas que ocorrem entre dezembro e fevereiro e que resultam num único ovo. A incubação, partilhada por ambos os pais, dura cerca de 11 semanas e o filhote resultante leva 40 semanas para deixar o ninho (entre novembro e fevereiro). O período reprodutivo é longo (55 semanas) e bi-anual. Os albatrozes-errantes têm uma esperança de vida elevada e é provável que alguns indivíduos ultrapassem os 50 anos de idade. Consequentemente, os machos e fêmeas começam a se reproduzir relativamente tarde, com cerca de 11 anos.
Esta ave forrageia no talude ou fora da plataforma continental, daí seu nome de errante, onde captura presas principalmente na superfície, dada a limitada capacidade de submergir. Alimentam-se principalmente de lulas (35% da massa consumida pelos filhotes) e peixes (45%) mas também podem consumir carniça (como mamíferos marinhos mortos), tunicados, águas-vivas e crustáceos. A maior parte do alimento é obtida durante o dia, embora ocorra algum forrageamento durante as noites.
A população mundial atual é estimada em cerca de 8 500 casais, o que corresponde a um total aproximado de 28 000 indivíduos maduros, sendo então a espécie considerada como Globalmente Vulnerável (VU, critérios A1b,d; A2b,d) pela IUCN e listada no Apêndice II da Convenção de Espécies Migratórias (CMS).
Referências
- ↑ «The IUCN Red List of Threatened Species». IUCN Red List of Threatened Species. Consultado em 27 de dezembro de 2024
- ↑ «Diomedeidae». Aves do Mundo. 26 de dezembro de 2021. Consultado em 5 de abril de 2024
- ↑ BRANCO, Joaquim Olinto. Aves marinhas - acesso a 24 de Julho de 2007
- ↑ Paixão, Paulo (Verão de 2021). «Os Nomes Portugueses das Aves de Todo o Mundo» (PDF) 2.ª ed. A Folha — Boletim da língua portuguesa nas instituições europeias. ISSN 1830-7809. Consultado em 5 de abril de 2024. Cópia arquivada (PDF) em 23 de abril de 2022
- ↑ «albatroz-errante (Diomedea exulans) | WikiAves - A Enciclopédia das Aves do Brasil». www.wikiaves.com.br. Consultado em 6 de setembro de 2024