Conquista do Pará (Governo do Norte) – Wikipédia, a enciclopédia livre
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
A Conquista do Pará (região inicialmente chamada pa'ra, do tupi: "rio-mar"), também denominado Império das Amazonas (parte do atual estado brasileiro do Pará), foi um território indígena transformado em território colonial português em 1615 na América, pelo fidalgo-militar Alexandre de Moura no início da colonização da Amazônia e conquista do rio das Amazonas,[1] localizado na então Capitania do Maranhão (1534-1621).[2][3]
A Capitania do Maranhão tinha 75 léguas de costa, estendendo-se do cabo de Todos os Santos até a foz do rio da Cruz, que atualmente corresponde a região do nordeste do estado do Maranhão somada a região oriental do estado do Pará (onde hoje está Belém) e a Ilha de Marajó.[4]
Em 1621, a Conquista do Pará foi transformada em Capitania do Grão-Pará, junto a criação do Estado do Maranhão,[1] após a criação do povoado colonial Feliz Lusitânia em 1616 (atual cidade de Belém do Pará), consolidando assim o domínio português na Amazônia .[5][6][1]
Em 1534, a Capitania do Maranhão foi criada junto com mais 13 capitanias hereditárias,[7] no período colonial da América Portuguesa, combinando elementos feudais e capitalistas; sistema que havia sido utilizado com êxito no desenvolvimento das ilhas portuguesas da Madeira e de Açores.[8]
Em 1572, a Coroa Portuguesa, percebendo ainda falhas na administração colonial, dividiu a América Portuguesa em dois Governos-Gerais (1572 à 1577):[9] Governo do Norte (1572–1577, capital Salvador) que teve o domínio administrativo sobre a futura Conquista do Pará (1615); e o Governo do Sul com capital no Rio de Janeiro.[10][11]
Em 1615, na época do Brasil Colônia, o militar e fidalgo Alexandre de Moura, inicia a proteção e colonização da região amazônica, realizando a conquista da foz do rio Amazonas, transformando a região indígena do extremo-norte chamada de Mairi[1] (moradia dos indígenas Tupinambás e Pacajás sob comando do cacique Guaimiaba),[12][13][14] no território colonial português "Conquista do Pará" ou " Império das Amazonas" (1615–1621),[1] localizado na então Capitania do Maranhão (1534-1621).[2][3]
Em 1616, na tentativa de assegurar o domínio da região atualmente denominada de Amazônia Oriental e proteger a região das incursões de holandeses e ingleses em busca de especiarias (como as drogas do sertão),[15][16].[17][18][1] os portugueses através da expedição militar "Feliz Lusitânia", comandada por capitão Francisco Caldeira Castelo Branco, fundaram na Conquista do Pará, próximo ao igarapé do Piry (ou Bixios do Pirizal)[19], em 12 de janeiro de 1616[20] (a mando do rei)[21][22], o fortim em madeira chamado Forte do Presépio e a capela da padroeira Nossa Senhora de Belém ou Santa Maria de Belém,[21] [23] iniciando o povoado colonial homônimo à expedição militar (atual cidade paraense de Belém),[24][25][26][27][21] próximo ao entreposto comercial do cacicado marajoara).[24][25][26][27]
Em 1621, a região conhecida como Conquista do Pará foi transformada em Capitania do Grão-Pará, junto a criação do Estado do Maranhão (1621-1775).[1]

Referências
- ↑ a b c d e f g Rendeiro, Manoel. «Capitania do Grão-Pará». Atlas Digital da América Lusa. Laboratório de História Social (LHS) da Universidade de Brasília (UNB). Consultado em 27 de dezembro de 2017. Cópia arquivada em 3 de novembro de 2022
- ↑ a b «PROJETO PEDAGÓGICO INSTITUCIONAL 2019 - 2023» (PDF). Faculdade Metropolitana do Pará - FAMETRO. 2019. Consultado em 26 de janeiro de 2022
- ↑ a b de Lacerda, Joaquim Maria (1911). Pequena História do Brasil (PDF). [S.l.]: Bertrand
- ↑ Houaiss 1993, p. 2044.
- ↑ «Brasil, Pará, Belém, História». Enciclopédia dos Municípios Brasileiros. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. 2012. Consultado em 8 de março de 2018
- ↑ Pereira, Carlos Simões (28 de outubro de 2020). «Das origens da Belém seiscentista e sua herança Tupinambá». Revista Científica Multidisciplinar Núcleo do Conhecimento (10): 146–160. ISSN 2448-0959. Consultado em 13 de janeiro de 2022
- ↑ «O Sistema de Capitanias Hereditárias». Portal MultiRio. Consultado em 18 de janeiro de 2017
- ↑ Boxer. Charles, R..O Império Marítimo Português. São Paulo: Companhia das Letras, 2003. Página 101.
- ↑ Brönstrup,, Silvestrin, Celsi; Gisele,, Noll,; Nilda,, Jacks, (2016). Capitais brasileiras : dados históricos, demográficos, culturais e midiáticos. Col: Ciências da comunicação. Curitiba, PR: Appris. ISBN 9788547302917. OCLC 1003295058. Consultado em 30 de abril de 2017. Resumo divulgativo
- ↑ «Governo-Geral: resumo, antecedentes e primeiro Governo-Geral». Mundo Educação. Consultado em 27 de janeiro de 2022
- ↑ «Reficio». reficio.cloud. Consultado em 22 de fevereiro de 2022
- ↑ Brönstrup,, Silvestrin, Celsi; Gisele,, Noll,; Nilda,, Jacks, (2016). Capitais brasileiras : dados históricos, demográficos, culturais e midiáticos. Col: Ciências da comunicação. Curitiba, PR: Appris. ISBN 9788547302917. OCLC 1003295058. Consultado em 30 de abril de 2017. Resumo divulgativo
- ↑ «Brasil, Pará, Belém, História». Enciclopédia dos Municípios Brasileiros. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. 2012. Consultado em 8 de março de 2018
- ↑ Pereira, Carlos Simões (28 de outubro de 2020). «Das origens da Belém seiscentista e sua herança Tupinambá». Revista Científica Multidisciplinar Núcleo do Conhecimento (10): 146–160. ISSN 2448-0959. Consultado em 13 de janeiro de 2022
- ↑ «História do Pará». Info Escola. Consultado em 11 de agosto de 2013
- ↑ «O Estado do Pará» (PDF). Itamaraty Ministério das Relações exteriores. Revista Textos do Brasil. Edição 01: 2. 1997. Consultado em 22 de outubro de 2015
- ↑ «Brasil, Pará, Belém, História». Enciclopédia dos Municípios Brasileiros. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. 2012. Consultado em 8 de março de 2018
- ↑ Pereira, Carlos Simões (28 de outubro de 2020). «Das origens da Belém seiscentista e sua herança Tupinambá». Revista Científica Multidisciplinar Núcleo do Conhecimento (10): 146–160. ISSN 2448-0959. Consultado em 13 de janeiro de 2022
- ↑ Coimbra, Oswaldo; Neto, Alfredo Jorge Hesse Garcia (2008). Cidade velha, cidade viva. Col: Oficina Escola de Escritores. Grupo de Memória de Engenharia e Atividades Interdisciplinares da Faculdade de Engenharia Civil - Universidade Federal do Pará (UFPA). [S.l.]: Associação Cidade Velha Cidade Viva (CiVViva). Resumo divulgativo
- ↑ Bol Listas (8 de janeiro de 2018). «Açaí, jambu e a Amazônia: 10 curiosidades sobre o Pará». Portal UOL. Consultado em 7 de março de 2018
- ↑ a b c Brönstrup,, Silvestrin, Celsi; Gisele,, Noll,; Nilda,, Jacks, (2016). Capitais brasileiras : dados históricos, demográficos, culturais e midiáticos. Col: Ciências da comunicação. Curitiba, PR: Appris. ISBN 9788547302917. OCLC 1003295058. Consultado em 30 de abril de 2017. Resumo divulgativo
- ↑ «I DECLARAÇÃO AOS POVOS SOBRE O TERRITÓRIO MURUCUTU TUPINAMBÁ». Idade Mídia. 7 de janeiro de 2022
- ↑ Coimbra, Oswaldo; Neto, Alfredo Jorge Hesse Garcia (2008). Cidade velha, cidade viva. Col: Oficina Escola de Escritores. Grupo de Memória de Engenharia e Atividades Interdisciplinares da Faculdade de Engenharia Civil - Universidade Federal do Pará (UFPA). [S.l.]: Associação Cidade Velha Cidade Viva (CiVViva). Resumo divulgativo
- ↑ a b «Brasil, Pará, Belém, História». Enciclopédia dos Municípios Brasileiros. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. 2012. Consultado em 8 de março de 2018
- ↑ a b da Costa TAVARES, Maria Goretti (2008). «A Formação Territorial do Espaço Paraense». Universidade Federal do Pará (UFPa). Revista ACTA Geográfica nº 3 - Ano II. ISSN 1980-5772. doi:10.5654/actageo2008.0103.0005. Consultado em 4 de maio de 2016
- ↑ a b «Veja como foi a fundação de Belém em 1616 e conheça sua história». G1 Pará. 9 de janeiro de 2016. Consultado em 4 de maio de 2016
- ↑ a b «I DECLARAÇÃO AOS POVOS SOBRE O TERRITÓRIO MURUCUTU TUPINAMBÁ». Idade Mídia. 7 de janeiro de 2022
Outros projetos Wikimedia também contêm material sobre este tema: | |
![]() |
Definições no Wikcionário |
---|---|
![]() |
Categoria no Commons |
![]() |
Categoria no Wikinotícias |
![]() |
Guia turístico no Wikivoyage |
- «Governo do Pará»
- Governo no Facebook
- Governo no X
- «Feliz Lusitânia e o Museu do Encontro». museu arqueológico de Mairi
- Mairi ancestralidade Indígena (Websérie #Ep.1) no YouTube
- «Mairi a alma indígena da metrópole da floresta»