Ereira (Montemor-o-Velho) – Wikipédia, a enciclopédia livre
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Ereira | |
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Freguesia | |
Gentílico | ereirense |
Localização | |
Localização de Ereira em Portugal | |
Coordenadas | 40° 09′ 09″ N, 8° 42′ 43″ O |
Região | Centro |
Sub-região | Região de Coimbra |
Distrito | Coimbra |
Município | ![]() |
Código | 061014 |
Administração | |
Tipo | Junta de freguesia |
Características geográficas | |
Área total | 7,26 km² |
População total (2021) | 575 hab. |
Densidade | 79,2 hab./km² |
Outras informações | |
Orago | Santo António |
Ereira é uma povoação portuguesa sede da Freguesia de Ereira do Município de Montemor-o-Velho, freguesia com 7,26 km² de área[1] e 575 habitantes (censo de 2021)[2], tendo, por isso, uma densidade populacional de 79,2 hab./km².
A freguesia foi criada pela Lei n.º 67/84, de 31 de dezembro, com lugares desanexados da Freguesia de Verride.
Durante muitos séculos o Convento de Almiara (Verride) foi habitada por Crúzios, frades pertencentes ao convento de Santa Cruz de Coimbra, que tinham na sua posse a maior parte das terras do Baixo Mondego. Estes frades incentivavam gentes da região a arrendar grandes extensões de terra, entre elas a granja de Ereira.
Formaram-se, assim, os morgadios, cujo contrato visava que, em caso de morte do proprietário, a terra poderia ser herdada pelo filho primogénito e só por este, e em caso da sua inexistência poderia ser herdado pela filha mais velha até à existência de descendência masculina. Os proprietários tinham de manter toda a área que lhes pertencia cultivada e tinham ainda de doar aos senhores eclesiásticos a dízima, ou seja, uma décima parte das colheitas feitas, se tal não ocorresse os tributos duplicariam e as terras ser-lhe-iam retiradas.
No século XV (1414) foi erguida a primeira "habitação" na granja de Ereira, que dá pelo nome de casa do Torreão; esta era usada para recebimento de rendas e como moradia dos procuradores. Serviu depois como atelier de João de Ruão.
Nenhuma outra habitação foi construída, ou pelo menos não está descrita nem se conhece a construção, até ao século XIX. Neste século muitas coisas mudaram. Devido a vários acontecimentos nacionais, entre eles as invasões francesas e a fuga da família real para o Brasil, ocorreu em 1820 a revolução liberal; embora o liberalismo definitivo só se tenha instaurado em 1834.
Com esta revolução, eliminaram-se situações de privilégio e o monopólio de atividades económicas, libertando-se desta forma a terra e o comércio. Foram abolidas as ordens religiosas e houve nacionalização dos seus bens, aboliram-se, assim, os morgadios ou parte deles e suspenderam-se as dízimas. Foi nesta altura que o povo conseguiu adquirir pequenas parcelas de terreno que cultivava e onde construía as suas habitações."'
A população registada nos censos foi:[2]
População da Freguesia de Ereira[3] | ||
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Ano | Pop. | ±% |
1991 | 799 | — |
2001 | 714 | −10.6% |
2011 | 649 | −9.1% |
2021 | 575 | −11.4% |
Distribuição da População por Grupos Etários[4] | ||||
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Ano | 0-14 Anos | 15-24 Anos | 25-64 Anos | > 65 Anos |
2001 | 72 | 89 | 376 | 177 |
2011 | 65 | 50 | 355 | 179 |
2021 | 54 | 45 | 279 | 197 |
- Rotunda com estátua "Pescador do Rio".
Referências
- ↑ «Carta Administrativa Oficial de Portugal CAOP 2013». descarrega ficheiro zip/Excel. IGP Instituto Geográfico Português. Consultado em 10 de dezembro de 2013. Arquivado do original em 9 de dezembro de 2013
- ↑ a b Instituto Nacional de Estatística (23 de novembro de 2022). «Censos 2021 - resultados definitivos»
- ↑ Instituto Nacional de Estatística (Recenseamentos Gerais da População) - https://www.ine.pt/xportal/xmain?xpid=INE&xpgid=ine_publicacoes
- ↑ INE. «Censos 2011». Consultado em 11 de dezembro de 2022