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Hiperpotência – Wikipédia, a enciclopédia livre

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Durante muitos anos o Império Britânico foi a hiperpotência global

Uma hiperpotência é um estado que é militar, económica, tecnológica e culturalmente dominante em todo o planeta. O termo foi primeiramente usado para descrever os Estados Unidos na década de 1990. Também foi aplicado ao Império Aquemênida, a Dinastia Qing, ao Império Português, ao Império Espanhol, ao Império Britânico e à União Soviética. A palavra foi criada a partir do prefixo "hiper" que vem do grego e significa acima ou além. Portanto uma hiperpotência é um país com forte influência por sobre os outros no sistema internacional.

Depois do fim da Guerra Fria e o colapso da União Soviética, alguns comentaristas políticos sentiram que um novo termo era necessário para descrever a posição dos Estados Unidos como a superpotência solitária. Ben Wattenberg cunhou o termo onipotência em 1990 e Peregrine Worsthorne usou o termo hiperpotência em 1991. O ministro das relações exteriores francês Hubert Védrine popularizou o termo hiperpotência nas suas várias críticas aos Estados Unidos que começam em 1998.

As Torres Gêmeas do World Trade Center foram símbolo do poder econômico estadunidense durante os anos 1990.

Durante a Guerra Fria, entre 1945 e 1991, o mundo foi basicamente dividido entre a influência estadunidense e a soviética. As duas nações foram consideradas como superpotências durante este período. O colapso da União Soviética em 1991 deixou os Estados Unidos numa posição dominante. O termo está a cair gradualmente em desuso por conta da crescente influência da União Europeia, República Popular da China, Brasil e novamente, Rússia.[1]

Segundo alguns estudiosos, o fim da União Soviética, a incapacidade europeia de organizar um bloco efetivo e a crise do continente africano foram os fatores que impulsionaram a supremacia americana durante a década de 1990 - não o fortalecimento dos Estados Unidos. O jornalista francês Jean-François Revel identificou um curioso problema: o prefixo "hiper", em grego, significa exatamente o mesmo que "super"; portanto não existe necessidade de se criar um novo termo - hiperpotência - , dado que já existe o popular superpotência.[2]

Revel também observa a tendência a uma configuração multipolar, nas relações internacionais, destacando o crescimento e a organização dos países emergentes.

Referências

  1. A hiperpotência e o "containment" pela diplomacia
  2. J.-F. Revel, L'obsession anti-américaine, 2002, p. 40