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Localização do Algarve
Localização do Algarve
Praia de D. Ana, perto de Lagos

A Região do Algarve ou Algarve é uma região portuguesa situada no sul do país, com a capital localizada na cidade de Faro, tendo uma área de 4 997 km2 e uma população de 469 983 habitantes, registando uma densidade populacional de 94 habitantes por km2. sendo a quinta região mais populosa de Portugal e a quarta região mais extensa.

É uma das sete regiões de Portugal, constituída por apenas uma sub-região com o mesmo nome e 16 municípios, que se dividem em 67 freguesias. Limita a norte com a região do Alentejo, a leste com a região espanhola da Andaluzia e a sul e a oeste com o Oceano Atlântico.

A economia algarvia registou um Produto interno bruto (PIB) de 9,2 mil milhões de euros em 2021, correspondendo cerca de 4,3 % do PIB nacional. Em comparação com as outras seis regiões portuguesas dispõe da 5° maior economia regional, à frente da Madeira e atrás do Alentejo. Já no PIB per capita, a região dispõe do segundo maior valor de todas as regiões, registando 21 173 € em 2021, à frente do Alentejo e atrás da Área Metropolitana de Lisboa,

A Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Algarve (CCDR-ALG) é a agência que coordena as políticas ambientais, o ordenamento do território, as cidades e o desenvolvimento global desta região, apoiando os governos e associações locais.

O Algarve transformou-se numa das regiões portuguesas com maior número de residentes estrangeiros, oriundos principalmente de outros países europeus. Em 2018, 69 mil dos habitantes não eram portugueses, tendo sido os cidadãos oriundos de França, Itália e Suécia os que mais cresceram naquele ano. Os cidadãos de nacionalidade britânica continuam a ser os mais representativos entre a população estrangeira residente no Algarve.

Sumários temáticos

O Estádio Algarve, situado na fronteira dos concelhos de Faro e de Loulé, foi construído para o Campeonato Europeu de Futebol, o "Euro 2004", e tem uma capacidade total de 30.305 espectadores, sendo que só 22.000 lugares podem ser usados para os jogos de futebol devido a questões de segurança.

O Sporting Clube Farense e o Louletano Desportos Clube são os clubes residentes, sendo que atualmente nenhuma das duas o utiliza como "casa". Nas épocas 2006/2007 e 2010/2011, também o Portimonense fez daqui a sua casa até que as obras no Estádio Municipal de Portimão estivessem concluídas, e em 2013/2014 foi a vez do Olhanense que devido ao mau estado do relvado do Estádio José Arcanjo se viu obrigado a jogar aqui os jogos caseiros da sua equipa.

Tendo sido inaugurado a 23 de Novembro de 2003, teve o seu primeiro jogo oficial a 1 de Janeiro de 2004 e opôs em jogo amigável as equipas do Sporting Clube Farense e do Louletano Desportos Clube.

A autoria do projeto é da empresa australiana HOK S+V+E, a mesma que projetou o Estádio Olímpico de Sydney na Austrália e o novo estádio da Luz em Portugal.

O Castelo de Silves, cuja construção data dos séculos VIII e IX. É a maior alcácova em Portugal

Nas décadas que antecederam a invasão muçulmana, diversos concílios, fruto da aliança entre a Igreja e o Estado, haviam dado início a uma série de perseguições que tinham a comunidade judaica como alvo. Em 654, o rei Recesvinto adoptou diversas disposições austeras contra os judeus. Em 681, Ervígio forçou-os a optar entre a conversão ao cristianismo ou o exílio. Em 693, Égica impôs a proibição do comércio com cristãos, atitude essa que, segundo o historiador sírio Ali Nasrah, prejudicou enormemente a comunidade judaica que, então, era consideravelmente numerosa e bem estabelecida na Península Ibérica. Ainda segundo Nasrah, que se apoiava numa ampla variedade de documentos e provas que corroboravam o seu raciocínio, tais acontecimentos impeliram os judeus a urdir, em começos do século VIII, juntamente com os seus correligionários norte africanos, um plano que tinha como intuito a expulsão dos visigodos. Em efeito, os invasores árabes incumbiram aos judeus a tarefa de vigilância da guarda das cidades que caíam em poder muçulmano, enquanto que os seus exércitos avançavam.

O Morábito de São Pedro é um templo muçulmano (posteriormente cristianizado) que data dos séculos XI ou XII. Localiza-se em Alvor

No ano 711, um exército muçulmano, chefiado por Tárique, parte à conquista da Península Ibérica. Rodrigo, o último soberano visigodo, de uma dinastia que remontava a , levanta uma resistência mas as suas forças provam-se incapazes de suster o avanço das tropas árabes. No ano seguinte, em 712, o governador de Ifríquia, Mussa ibn Nossair, com o objectivo de finalizar a conquista, reforça o exército de Tárique que fora, a princípio, pouco numeroso. Segundo Ignácio Olagüe, professor da Universidade de Madrid, a ocupação de boa parte da Península Ibérica pelos muçulmanos não demorou mais que três anos a se concretizar.

Após o sucesso da invasão, facilitada também pelas constantes disputas que ocorriam no seio da nobreza e realeza visigodas,[1] os muçulmanos mantiveram a estrutura territorial de 'províncias-ducados' e 'províncias-condados' sob uma denominação diferente, as Coras, do árabe kūrah. No Algarve situava-se a Cora de Ocsonoba, circunscrita a norte pela de Beja. Ulteriormente à ocupação, os muçulmanos adoptaram diversas tradições e costumes ibéricos, romanos e romano-helénicos, assimilando também múltiplos aspectos da arte visigoda, arte já orientalizada por conta de influências bizantinas. Após o ano de 715 e até 1249, a região esteve sob o domínio de povos islâmicos, desde árabes e berberes a populações nativas convertidas ao islão, embora o cristianismo continuasse a ser praticado pelos moçárabes — cristãos que, a troco de um imposto, tinham o direito de praticar a sua religião sob o governo muçulmano. Os berberes, que habitavam nas mesetas de cada lado dos rios Guadiana e Tejo, constituíam, entre os muçulmanos, a população mais numerosa. Composta principalmente por cultivadores, alguns exerciam nas cidades ofícios mais humildes, enquanto que outros ocupavam posições sociais elevadas.

O Algarve, assim como a restante Península Ibérica ocupada pelos mouros, atravessou por períodos de conflito, mas passou igualmente por fases de elevado desenvolvimento cultural, artístico e económico, em continuidade com as características herdadas da época romana. Silves tornou-se na capital de um reino taifa muçulmano após a fragmentação do Califado de Córdova.[2]

As regiões espanholas e portuguesas outrora conhecidas por Algarbe Alandalus () eram o mais importante centro muçulmano da época da "Hispânia Islâmica", sendo assim o núcleo islâmico da cultura, ciência e tecnologia. Nessa altura, a cidade mais proeminente da região era Silves. O historiador Alexandre Herculano comentou que «comparada com Lisboa, Silves era muito mais forte, e em opulência e sumptuosidade de edifícios dez vezes mais notável.».

O 'Vaso de Tavira', um dos mais notáveis objetos do período islâmico em Portugal. Em exposição no Museu Municipal de Tavira, em Tavira

O Algarve foi a última porção de território de Portugal a ser definitivamente conquistada aos mouros, no reinado de D. Afonso III, no ano de 1249. A ocupação de Portugal por parte de povos muçulmanos deixou um legado arquitectónico, linguístico (em diversas palavras árabes que foram introduzidas na língua portuguesa e no vocabulário regional algarvio), gastronómico e cultural notável, sendo tal influência mais visível no Algarve e Alentejo, onde a presença foi mais ampla e duradoura, presença essa compartilhada com a região espanhola de Andaluzia, com a qual, devido a uma herança quase idêntica, em comparação com outras regiões portuguesas mais distantes e culturalmente díspares, o Algarve partilha maiores similaridades. Existem, como remanescentes desta ocupação, diversas fortificações, como o Castelo de Silves, o Castelo de Aljezur, o Castelo Belinho, o Castelo de Paderne, o Castelo de Loulé, o Ribat de Arrifana, assim como estruturas religiosas, como o Morábito de São Pedro e o Morábito de São João, em Alvor.

A torre sineira, originalmente um minarete, da igreja Matriz de São Clemente, em Loulé

Não obstante significativa, a longa presença de povos muçulmanos no Algarve não foi suficiente para mudar o tipo dominante da população ou alterar a sua etnia. Um estudo genético levado a cabo pela Universidade de Granada na Andaluzia, a única região espanhola com a qual o Algarve partilha fronteira, sendo também a província de Espanha que os povos muçulmanos ocuparam por mais tempo e em maior número, analisou o Cromossoma Y de vários voluntários andaluzes e revelou que "o legado genético norte-africano nesta zona é igual ao de outras regiões de Espanha, inclusive até menor que algumas, como é o caso de algumas áreas isoladas da Galiza", conforme explicou ao El País a investigadora do Laboratório de Identificacão Genética de UGR, María Saiz. O estudo demonstrou também que os andaluzes, um povo com o qual os algarvios provavelmente partilham uma genética semelhante, pouco diferem dos restantes europeus em termos genéticos. Os investigadores especulam que o clima de intolerância religiosa, o repovoamento por parte de outras pessoas do reino após a reconquista, assim como a expulsão definitiva dos mouros nos princípios do séc. XVII, ordenada por Filipe III, diluiu ainda mais a presença genética norte-africana no sul de Espanha. Já no que se refere à língua portuguesa, a influência linguística do árabe, apesar de considerável, não deixou vestígios na sintaxe. Linguistas estimam entre trezentas a seiscentas o número de palavras que os povos berberes, árabes e congéneres deixaram no idioma, nomeadamente para designar vegetais, produtos hortícolas, sistemas de aproveitamento de água e rega, assim como alguns termos associados ao comércio.

Fauna e Flora

Medronhos, fruto do medronheiro, encontrados abundantemente pelo Algarve, constituem uma importante base alimentar para muitas espécies de aves

O cabo de São Vicente está situado numa rota de migração de aves, permitindo a observação sazonal de variedade de avifauna. A vegetação predominante no barrocal Algarvio é o matagal mediterrânico, caracterizado pela abundância de plantas resistentes à falta de água.

O subsolo do Algarve é habitado por várias espécies endémicas, únicas do Algarve, algumas delas descobertas recentemente. As espécies mais emblemáticas da fauna subterrânea do Algarve são o pseudoescorpião gigante das grutas do Algarve (Titanobochica magna) e o maior inseto cavernícola terrestre da Europa, a Squamatinia algharbica.

Outras espécies de plantas, endémicas rigorosas ou não, levam o nome do Algarveː

Pinheiros-bravos perto da Barragem de Odeáxere. Embora não tão comum quanto o Pinheiro-manso, esta espécie de pinheiro ocorre naturalmente em algumas partes do Algarve
  • Cistus algarvensis Sims, Bot. Mag. 17: t. 627 (1803).
  • Helianthemum algarvense Dunal, Prodr. [A. P. de Candolle] 1: 268 (1824).
  • Herniaria algarvica Chaudhri, Rev. Paronychiinae 346 (1968).
  • Limonium algarvense Erben, Mitt. Bot. Staatssamml. München 14: 503 (1978).
  • Linaria algarviana Chav., Monogr. Antirrh. 142 (1833).
  • Ophrys algarvensis D.Tyteca, Benito & M.Walravens, J. Eur. Orch. 35(1): 65 (2003). Syn.: O. omegaifera subsp. algarvensis (D.Tyteca, Benito & M.Walravens) Kreutz, Kompend. Eur. Orchid. 110 (2004).
  • Rhododendron algarvense Page, Prod. Southhampt. Gard. 38.
  • Sideritis algarviensis D.Rivera & Obón, Anales Jard. Bot. Madrid 47(2): 500 (1990).
  • Stegitris algarviensis Raf., Sylva Tellur. 132 (1838).

Geografia

Mapa divisão, por concelhos, do Barlavento e do Sotavento

O Algarve confina a norte com a região do Alentejo (sub-regiões do Alentejo Litoral e Baixo Alentejo), a sul e oeste com o oceano Atlântico, e a leste o Rio Guadiana marca a fronteira com Espanha. O ponto mais alto situa-se na serra de Monchique, com uma altitude máxima de 902 m (Pico da Foia).

Além de Faro, têm também categoria de cidade os aglomerados populacionais de Albufeira, Lagoa, Lagos, Loulé, Olhão, Portimão, Quarteira, Silves, Tavira e Vila Real de Santo António. Destas, todas são sede de concelho à excepção de Quarteira.

A zona ocidental do Algarve é designada por Barlavento e a oriental por Sotavento. A designação deve-se com certeza ao vento predominante na costa sul do Algarve, sendo a origem histórica desta divisão incerta e bastante remota. Na Antiguidade, os Romanos consideravam no sudoeste da Península Ibérica a região do cabo Cúneo — que ia desde Mértola por Vila Real de Santo António até à enseada de Armação de Pêra — e a região do Promontório Sacro — que abrangia o restante do Algarve.

Internamente, a região é subdividida em duas zonas, uma a Ocidente (o Barlavento) e outra a Leste (o Sotavento). Com esta divisão podemos registar um claro efeito de espelho entre as duas zonas. Cada uma destas zonas tem 8 municípios e uma cidade dita principal: Faro está para o Sotavento como Portimão está para o Barlavento. De igual modo possui cada uma delas uma serra importante (a Foia, no Barlavento, e o Caldeirão, no Sotavento). Rios com semelhante importância (o Arade no Barlavento e o Guadiana no Sotavento).

Um hospital principal em cada uma das zonas garante os cuidados de saúde em todo o Algarve. Em termos de infraestruturas, o Aeroporto Internacional está numa zona e o Autódromo Internacional noutra. Finalmente, a nível desportivo, os históricos do futebol algarvio Sporting Clube Olhanense (representante do Sotavento) e o Portimonense Sporting Clube (representante do Barlavento) encontram-se regularmente na Primeira Liga do futebol português. A equipa do Olhanense ascendeu à 1.ª Liga em 2009, enquanto que por sua vez a equipa de Portimão ascendeu um ano depois, em 2010.

Mapa climático de Portugal Continental segundo a classificação climática de Köppen-Geiger
Sobreiro num campo de trigo, uma imagem típica da região do Alentejo.
Estância de esqui na Serra da Estrela, o ponto mais alto de Portugal continental.

O clima em Portugal é mediterrânico, Csa no sul e Csb no norte, de acordo com a classificação climática de Köppen-Geiger. Portugal é um dos países europeus mais amenos: a temperatura média anual em Portugal continental varia dos 4 °C no interior norte montanhoso até 18 °C no sul, na bacia do Guadiana. Os verões são amenos nas terras altas do norte do país e na região litoral do norte e do centro. O outono e o inverno são tipicamente ventosos, chuvosos e frescos, sendo mais frios nos distritos do norte e central do país, nos quais ocorrem temperaturas negativas durante os meses mais frios. No entanto, nas cidades mais ao sul de Portugal, as temperaturas só muito ocasionalmente descem abaixo do 0 °C, ficando-se pelos 5 °C na maioria dos casos.

Normalmente, os meses de Primavera e Verão são ensolarados e as temperaturas são altas durante os meses secos de julho e agosto, podendo ocasionalmente passar dos 40 °C em boa parte do país, em dias extremos, e com maior frequência no interior do Alentejo.

A precipitação total anual média varia de pouco mais de 3000 mm nas montanhas do norte a menos de 500 mm em zonas do sul do Alentejo. O país tem à volta de 2500–3200 horas de sol por ano, e uma média de 4–6 horas no Inverno e 10–12 horas no Verão, com valores superiores no sudeste e inferiores no noroeste.

A neve ocorre regularmente em quatro distritos no norte do país (Guarda, Bragança, Vila Real e Viseu) e diminui a sua ocorrência em direcção ao sul, até se tornar inexistente na maior parte do Algarve. No Inverno, temperaturas inferiores a -10 °C e nevões ocorrem com alguma frequência em pontos restritos, tais como a Serra da Estrela, a Serra do Gerês e a Serra de Montesinho, podendo nevar de Outubro a Maio nestes locais.

Os arquipélagos da Madeira e Açores têm uma faixa mais estreita de temperatura, com temperaturas médias anuais que excedem os 20 °C, de acordo com o Instituto de Meteorologia, na costa sul da ilha da Madeira. A precipitação total anual média no território continental varia de pouco mais do que 3000 mm nas montanhas do norte, até menos de 400 mm na região do vale do Guadiana, próximo na zona de Mértola. Na Montanha do Pico, nos Açores, fica o local mais chuvoso de Portugal, atingindo os 6250 mm num ano, de acordo com o IM (Instituto de Meteorologia).

As ilhas dos Açores situam-se na dorsal meso-atlântica ao passo que as ilhas da Região Autónoma da Madeira foram formadas pela actividade de um ponto quente, de forma semelhante às ilhas do Havai. Algumas ilhas tiveram recentemente actividade vulcânica, a mais conhecida, ocorreu em 1957. Tanto as ilhas dos Açores como a da Madeira têm um clima temperado, mas existem diferenças entre as ilhas, principalmente devido a diferenças na temperatura e precipitação.

As ilhas dos Açores não têm meses secos no Verão, logicamente um clima temperado marítimo em que segundo Köppen-Geiger (Cfb) há uma ausência de meses secos no Verão. Na vertente norte da ilha da Madeira apresenta-se um clima oceânico, enquanto que a vertente sul tem um clima mediterrânico, com maior humidade do que num clima mediterrânico típico, mas com menos humidade do que na vertente norte da ilha. As Ilhas Selvagens, que se incluem no arquipélago da Madeira, têm um clima desértico (BWh) com uma precipitação total anual média de cerca de apenas 150 mm (5,9 pol.). As temperaturas médias à superfície do mar nestes arquipélagos variam dos 16 °C—18 °C, no Inverno, aos 23 °C—24 °C, no Verão, atingindo ocasionalmente os 26 °C.

Cultura

Sebastião Martins Mestre ComSE, ComC (Santo António de Arenilha,?1762-4? - Vila Real de Santo António,1834) foi um militar português que liderou e se distinguiu na reacção à presença do exército da 1ª Invasão Francesa no Algarve com sucesso. A nível político, foi o primeiro presidente eleito da Câmara Municipal de Tavira durante a curta vigência da Constituição de 1822 , da qual foi apoiante inicial. Passou pouco tempo depois a suportar os opositores miguelistas, quando foi nomeado Governador de Vila Real de Santo António, onde reprimiu duramente os partidários do liberalismo, tendo, após terminada a guerra civil, sido preso e posteriormente assassinado enquanto era enviado para Lisboa para ser julgado.

O Algarve é um dos destinos turísticos preferidos dos europeus. O clima e a temperatura da água são os principais factores que contribuem para o grande crescimento do turismo nesta região. A maior densidade populacional e de turismo da região concentra-se na costa, mas os antepassados que preenchem uma rica história, assim como belas paisagens no seu interior, também atrai bastante turismo, em locais como na cidade de Lagos, Silves, Lagoa, Alcoutim, Monchique, entre outros.

Fátima é um destino de turismo religioso conhecido em todo o mundo porque no lugar da Cova da Iria e nos Valinhos terá a aparecido Virgem Maria a três pastorinhos e, hoje em dia, o Santuário de Nossa Senhora de Fátima é motivo de visitas papais e possui ao seu redor muitos museus, grutas e outros pontos de interesse turístico.

A região Oeste caraterizada pela sua beleza costeira e rural. As praias, o património monumental e os desportos náuticos fazem da região um forte pólo turístico de atracção nacional e internacional.

Por seu lado, Lisboa atrai turistas quer pela sua História, quer pela sua contemporaneidade, quer pelos seus monumentos (Aqueduto das Águas Livres, a Sé Catedral, a Baixa Pombalina, a Torre de Belém, o Mosteiro dos Jerónimos, Castelo de São Jorge, o Oceanário de Lisboa). Capital Europeia da Cultura em 1994, acolheu a Exposição Mundial de 1998, e vários jogos do Euro 2004. Cidade rica em museus, Museu de Arte Antiga, Museu dos Coches, Museu do Azulejo, entre outros.

O Porto é uma cidade com um lugar de relevo no panorama cultural do País e da Europa,[carece de fontes] principalmente devido ao surgimento de cruzeiros no Rio Douro, e à popularização das visitas às caves do Vinho do Porto. Foi Capital Europeia da Cultura em 2001. A Fundação de Serralves e a Casa da Música são dois pontos de visita obrigatória, assim como a Torre dos Clérigos (tornada ex-libris da cidade) e a . De destacar ainda o Teatro Nacional São João, os Jardins do Palácio de Cristal, a Ponte D. Luís e toda a zona do centro histórico.

A ilha da Madeira, com a sua floresta laurissilva, classificada de Património da Humanidade pela UNESCO, é um pólo de interesse turístico pelo seu clima ameno, pelas paisagens exuberantes e pela sua gastronomia. Na passagem de ano ocorre o mais belo fogo de artifício da Europa, sendo que nessa data diversos Cruzeiros atracam, ou fazem escala, na baía do Funchal para que os turistas possam contemplar tal beleza.

A Península de Setúbal, na Margem Sul do Tejo, tem das mais variadas características naturais e culturais destacando-se a Serra da Arrábida,[carece de fontes] a praia de Sesimbra, a Baía Natural do Seixal, as salinas de Alcochete, os Moinhos de Maré, as embarcações típicas do Rio Tejo e Rio Sado, as antigas vilas piscatórias e toda a fauna e flora ribeirinha, o Estuário do Sado e os seus Golfinhos.

Na lista do Património Mundial encontram-se os centros históricos do Porto, Angra do Heroísmo, Guimarães, Elvas, Coimbra, Évora e Sintra, bem como monumentos em Lisboa, Alcobaça, Batalha, Coimbra e Tomar, as gravuras paleolíticas ao longo do Rio Côa, a floresta laurissilva da Ilha da Madeira, e as paisagens vitivinícolas da Ilha do Pico e do Rio Douro.

Portugal é também um país onde se pratica, além de muitos outros desportos, o surf. Entre as melhores praias para o desenvolvimento dessa prática desportiva estão Peniche, Ericeira, Cabedelo (Viana do Castelo), Aguçadoura (Póvoa de Varzim) e Canal das Barcas/ Malhão (Vila Nova de Milfontes). A ilha da Madeira e o Algarve também são locais de eleição por turistas estrangeiros e nacionais para a prática de golfe.

Em termos de turismo religioso, os pontos turísticos mais atractivos são o Santuário de Nossa Senhora de Fátima, o Santuário da Beata Alexandrina de Balazar, o Santuário do Sagrado Coração de Jesus (ou Bom Pastor), o Santuário de Nossa Senhora do Sameiro, Santuário de Nossa Senhora da Conceição de Vila Viçosa, Mosteiro dos Jerónimos e Santuário Nacional de Cristo Rei.

Outras importantes atracções turísticas portuguesas são as cidades de Braga (Sé de Braga, Santuário do Sameiro, Santuário do Bom Jesus do Monte e Falperra), Bragança (Centro Histórico, Castelo e Teatro Municipal), Chaves (Centro Histórico e Termas), Aveiro (Arte Nova, Centro histórico com os seus canais fazendo lembrar Veneza, a Ria de Aveiro e a Reserva Natural das Dunas de São Jacinto), Coimbra (Universidade, Judiaria, Portugal dos Pequenitos, Alta, Baixa, Sé Nova e Velha, Mosteiro de Santa Cruz) e Vila Real (Palácio de Mateus e Teatro Municipal), Santarém (a Capital do Gótico), Elvas (Castelo de Elvas, Aqueduto da Amoreira, Forte de Santa Luzia, Centro Histórico de Elvas, Santuário do Senhor Jesus da Piedade e Sé de Elvas), Évora (Centro Histórico e Templo de Diana), Vila Viçosa (Paço Ducal de Vila Viçosa, Castelo de Vila Viçosa, Santuário de Nossa Senhora da Conceição de Vila Viçosa e Centro Histórico), Viana do Castelo (Palácio da Brejoeira, Igreja de Santa Luzia, Centro Histórico e romaria), Lamego (Centro Histórico, Santuário de Nossa Senhora dos Remédios, Sé Catedral de Lamego e Castelo de Lamego). A serra da Serra da Estrela, a serra do Gerês, Caramulo e Lousã, são também pontos muito procurados por quem se interessa por turismo rural, longe dos grandes centros.[carece de fontes]