Quatro Grandes (Europa Ocidental) – Wikipédia, a enciclopédia livre
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Quatro Grandes (Europa Ocidental) |
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Os Quatro Grandes, também conhecidos como G4 ou UE4 (em inglês: EU4), é um grupo internacional informal composto por Alemanha, França, Itália e o Reino Unido.[1][2][3][4][5] Estes países são considerados as maiores potências do continente europeu[6][7] e integram individualmente os grupos G7, G10 e G20 de maiores economias. Alemanha, França, Itália e Reino Unido têm sido referidos coletivamente como "Os Quatro Grandes da Europa" desde o período Entre Guerras.[8] Em contrapartida, o termo "G4" foi aplicado pela primeira vez pelo Presidente francês Nicolas Sarkozy durante uma cimeira que reuniu também Silvio Berlusconi, Angela Merkel e Gordon Brown em 2008 para discussão de medidas diante da Grande Recessão.[9] A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OECD) descreve o grupo como "Quatro Grandes Nações Europeias".[10]
Quatro Grandes (G4) | ||||||
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País | Capital | População (População europeia)[11][nota 1] |
Tipo de governo | PIB (nominal) | Orçamento UE[12] | Eurodeputados |
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Berlim | 80 716 000 (16,10%) | República constitucional federal | 3 357 614 (4) | 21,1% | 96 (750) |
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Paris | 66 616 416 (13,09%) | República democrática semipresidencialista | 2 421 560 (6) | 16,4% | 74 (750) |
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Roma | 60 782 668 (11,95%) | República parlamentar unitária | 1 815 757 (8) | 13,6% | 73 (750) |
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Londres | 64 100 000 (12,85%) | Monarquia constitucional parlamentarista unitária | 2 849 345 (5) | 13% | 73 (750) |
Alemanha, França, Itália e Reino Unido têm sido referidos como "os quatro grandes países da Europa" desde o Período entreguerras (1919-1939), quando os quatro países firmaram o Pacto das Grandes Potências e os Acordos de Munique. Reino Unido e França, membros permanentes do Conselho Executivo da Sociedade das Nações, juntamente com Itália e Japão, estavam liderando uma política de apaziguamento com a Alemanha. Na Segunda Guerra Mundial, estes dois países aliaram-se a União Soviética, China e Estados Unidos contra o Eixo (Alemanha, Itália e Japão). A derrota das Potências do Eixo resultou no estabelecimento das Nações Unidas em 1945. Desde então, os cinco países que integraram o grupo dos Aliados detêm a Membresia permanente do Conselho de Segurança das Nações Unidas. No período pós-guerra, Itália, Alemanha e Japão experimentaram um milagre econômico, vindo a fundar o G6 juntamente com Estados Unidos, França e Reino Unido em 1975.[13]
Desde os desdobramentos da Segunda Guerra Mundial, França e Grã-Bretanha têm desempenhado uma forte liderança internacional, especialmente em áreas de defesa, economia e diplomacia. Enquanto Itália e Alemanha têm atuação marcante em organizações internacionais de todo o globo. Por exemplo, os quatro países possuem representações individuais no processo de paz sírio, sendo que França e Reino participam diretamente da campanha militar contra o Estado Islâmico.[14]
![](https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/1/1a/Obama%2C_Cameron%2C_Merkel%2C_Hollande_and_Renzi_at_Herrenhausen_Palace.jpg/230px-Obama%2C_Cameron%2C_Merkel%2C_Hollande_and_Renzi_at_Herrenhausen_Palace.jpg)
O "Quinteto" é um grupo informal composto pelos cinco maiores países da Organização do Tratado do Atlântico Norte: Estados Unidos e os "Quatro Grandes da Europa". Atualmente, o grupo atua como um diretório de diversas outras entidades além da OTAN, como o G8 e o G20.
A ideia de um eixo trilateral sobre questões de política externa foi proposta pelo presidente francês Charles de Gaulle através do Plano Fouchet. No entanto, o plano nunca chegou a ser implementado. As reuniões entre os representantes dos três países e a Alemanha Ocidental durante a década de 1980 ficaram conhecido como "Quad". As cimeiras possuíam um aspecto simbólico e nunca implementaram medidas efetivas.[15] O Quinteto atual se projetou especialmente após a suspensão da Rússia como membro do G8.[16]
- G3 (Europa)
- G6 (União Europeia)
- Equilíbrio europeu de poder
- Concerto Europeu
- Quatro Grandes — na Primeira Guerra Mundial
- União Europeia como superpotência emergente
- Pax Europeana
Notas
- ↑ Votação no Conselho da União Europeia, em que o procedimento indica o voto majoritário, requer uma dupla maioria de, pelo menos, 55% dos Estados-membros e 65% da população europeia para admissão de propostas da Comissão Europeia. Estes valores são elevados a 72% de Estados-membros e 65% da população europeia quando a proposta é apresentada por um Estado-menbro.
Referências
- ↑ Mallinder, Lorraine (30 de janeiro de 2008). «EU's Big Four speak as one ahead of G7 in Tokyo». Politico
- ↑ Fincher, Christina (30 de janeiro de 2008). «Europe's "Big 4" want clarity on bank risks». Reuters
- ↑ Gegout, Catherine (Junho de 2002). «The Quint Acknowledging the Existence of a Big Four-US Directoire at the Heart of the European Union». p. 331-334
- ↑ «Leading indicators and tendency surveys». Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico
- ↑ Linchfield, John (3 de outubro de 2008). «EU 'Big Four' in bailout row». The Independent
- ↑ Kirchner, Emil; Sperling, James. «Global Security Governance: Competing Perceptions of Security in the Twenty Century». p. 265
- ↑ Aghion, Phillipe. «Handbook of Economic Growth»
- ↑ «Big Four of Europe sign Munich pact». The Milwaukee Sentinel
- ↑ «Rescue of German bank falls through, G4 summit closes». RFI. 5 de outubro de 2008
- ↑ «OECD Glossary of Statistical Terms - Composite leading indicator zones Definition»
- ↑ «Voting calculator - Consilium» (em inglês). Secretariado-Geral do Conselho. Consultado em 30 de setembro de 2018
- ↑ «EU Budget: 2016 Financial Report» (PDF). Comissão Europeia. 2017. Consultado em 30 de setembro de 2018
- ↑ «Weight of the world too heavy for G8 shoulders». Globe and Mail. 5 de julho de 2008. Consultado em 1 de outubro de 2018
- ↑ «IS: France launches air strike in Syria». BBC News. 25 de setembro de 2015
- ↑ Domber, Gregory F. (2008). «Supporting the Revolution: America, Democracy, and the End of the Cold War in Poland». ACES Working Paper
- ↑ McGregor, Richard; Fontanella-Khan, James (24 de março de 2014). «Russia suspended from G8, but not expelled». Financial Times