No século XVIII, se cultivavam na região, principalmente, a cana-de-açúcar, frutas, e hortaliças, tornando-se a maior área fornecedora destas plantações da cidade. Os escoamentos eram feitos por vias terrestres e fluviais, sendo feitos, principalmente, pela antiga Estrada Real de Santa Cruz e pelos rios Pavuna e Meriti, através do extinto Porto de Irajá. A grande atividade mercantil na região deu origem a bairros da Zona Norte, como Madureira, Pavuna, Irajá, Anchieta e outros.
O subúrbio, especialmente a Zona Norte, intensificou sua ocupação com utilização da Estrada de Ferro D. Pedro II nos meados do século XIX, a estrada de ferro foi criada no ano de 1858 e ligava inicialmente o Centro até Queimados, logo depois foi criada a Estrada de Ferro Leopoldina sendo inaugurada em 1874, porém sendo levada ao Rio de Janeiro apenas em 1886, ano da fundação do bairro de Ramos, o primeiro do conjunto de bairros da Zona da Leopoldina. Mais tarde no final do século uma linha auxiliar chama Estrada de Ferro Rio d'Ouro chegaria até a Pavuna também. No final da década de 30, a presença de indústrias próxima as linhas férreas é muito visível, crescendo assim nas próximas décadas, sendo um grande complexo industrial, comercial e residencial.
Em 1903 o prefeito Pereira Passos, realizou reformas na cidade e o conceito de subúrbio ganhou contornos mais ideológicos e pejorativos no contexto do Rio de Janeiro. Com a implantação de uma nova ordem urbana no Centro da futura metrópole a fim de deixar essa área do Rio com uma cara mais europeizada, associada também à expansão do mercado imobiliário para as classes altas à beira-mar (Zona Sul), o proletariado do Centro foi expulso para os subúrbios e morros, estima-se que durante o mandato de Pereira passos cerca de 14.000 pessoas foram desalojadas, no processo chamado "bota-fora", essas pessoas foram principalmente para a Zona Norte, que passou a ser visto como um local estratégico de escoamento dessa população marginalizada para bem longe do Centro “civilizado”. Não houve então uma política de "moralização" da classe trabalhadora, o que favoreceu a emergência do caráter pejorativo que o termo “subúrbio” emanaria no cenário carioca.
Do início até o meio do seculo XX ocorreu o loteamento em massa dos terrenos da Zona Norte, alavancado principalmente pela criação das linhas dos bondes elétricos no subúrbio nessa época também, isso ampliou o crescimento populacional da região, alguns bairros planejados foram criados nessa época como Marechal Hermes em 1911, Grajaú em 1914, Jardim Guanabara em 1936, Vila Kosmos em 1940, Vista Alegre em 1950 e Jardim América em 1957.
A Zona Norte apresenta vários clubes que representam modalidades esportivas, grupos étnico-religiosos, seus bairros, entre outros. Alguns exemplos são:
A Zona Norte é a região que possui o maior número de escolas de samba campeãs do grupo especial do Carnaval no Rio de Janeiro. Ao todo a Zona Norte foi campeã 77 vezes, com 10 escolas de samba distintas. As principais escolas são:
No meio do século XX ocorre o auge dos cinemas da Zona Norte, fonte de entretenimento e lazer daquela época. Os principais expoentes deste movimento foram:
As subprefeituras[1] fazem o intermédio entre a população, de toda a área, e a prefeitura municipal do Rio de Janeiro. Suas atividades, são atribuídas com políticas públicas, feitas para os moradores melhorarem a qualidade de vida na região, contando com órgãos públicos, se necessário. Esta, é um dos responsáveis por desenvolver a ordem urbana, para moradores e visitantes, e ainda, revitalizar a região.[2]
Observação: Penha e Ramos compõem a histórica Zona da Leopoldina, que culturalmente criam uma identidade comum nesta parte da Zona Norte, embora não seja reconhecida como uma estrutura administrativa à parte.