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Os Capitulares Bracarenses (1245-1374). Notícias biográficas

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O Rito Bracarense: um apanhado Histórico-Litúrgico

O Rito Bracarense: um apanhado Histórico-Litúrgico, 2000

Apanhado Histórico-Litúrgico sobre o Rito Bracarense, anotado e comentado de um ponto de vista Cristão Ortodoxo, a partir de fontes históricas católico-romanas.

Ano 1600: os estatutos do Cabido bracarense

2019

mesma Sé em 1760». Pelos escritos que cresceram dentro e por fora da referida moldura percebe-se que o livro haveria de passar por outras mãos: as de um Cónego Penitenciário, primeiro; depois, as do Cónego Corrêa Simões, que viria a ser Deão do Cabido. Não é possível, no espaço de que dispomos, a transcrição de todo o manuscrito. Quiçá um dia mais tarde se possa completar o que ora se omite. Iremos apenas acompanhar o texto até ao fólio 23 v, a saber, na parte onde nos aparecem transcritos os Estatutos do Cabido que, ao contrário do que a página de rosto (supra descrita) deixaria supor, são, não de 1760, mas sim do ano 1600, aprovados por D. Frei Agostinho de Jesus. Na transcrição do documento respeitaremos a grafia original. Mas para maior facilidade de leitura, separaremos algumas palavras que, estando ligadas no manuscrito, se lêem separadamente, e vice-versa; também desdobraremos os sinais que indicam supressão de consoante, vogal, sílaba(s), ou que indicam um som nasalado. Qualquer intromissão no texto será indicada entre parênteses rectos.

Importante breviário bracarense de meados do século XV

2019

A 12 de Março de 1971, tive conhecimento da existência deste Breviário pela notícia que dele deu o "Boletim Internacional de Bibliografia Luso-Brasileira", editado pela benemérita Fundação Calouste Gulbenkian. De facto, o fascículo IV do vol. X deste "Boletim" (referente a Outubro-Dezembro de 1969, mas só chegado a Coimbra no dia acima referido) comunicava que o Catálogo 72 do livreiro-antiquário A. Rosenthal, Ltd, de Oxford, no n° 355, anunciava a sua venda nestes termos (em versão portuguesa): "Manuscrito latino primorosamente escrito em pergaminho fino, de 410 folhas, com algumas belas iniciais e com um pequeno número de letras iniciais iluminadas. Em 4 o , encadernado com tábuas de madeira coberta a cabedal. Primitivamente teve duas abraçadeiras e uma cadeia de ferro. Braga, posterior a 1431. Manuscrito precioso e raro. Com uma folha rasgada a meio e defeituoso no fim". Agradavelmente surpreendido com esta importante notícia, escrevi a 19 de Março a A. Rosenthal para tentar adquirir este precioso Breviário e mais dois livros de interesse para Braga, anunciados no mesmo catálogo Vida e opúsculos de S. Martinho Bracarense, Lisboa, 1803; e o original das Constituições manuscritas e inéditas de D. Rodrigo da Cunha, datadas de 1626.

O quotidiano de um mestre-escola bracarense, na segunda metade do século XIII

2020

Como decorria a rotina diária dos capitulares da sé de Braga, na segunda metade do século XIII?A resposta a esta questão ganhou para nós foro de desafio, pois os manuscritos deixados por estes eclesiásticos e chegados até nós nunca tiveram o propósito de relatarem, para a posteridade, o dia a dia destes homens

Os metropolitas fluminenses: notas biográficas e pastorais

Revista A Ordem (ISSN 2446-6891), 2022

No contexto dos 130 anos da Arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro, o presente artigo busca traçar algumas notas biográficas e pastorais dos prelados que conduziram a Mitra arquiepiscopal fluminense desde sua criação em no final do século XIX até o início do século XXI. Nesse sentido, objetiva destacar os aspectos marcantes de cada prelado e a incidência de sua atuação na história da Igreja metropolitana do Rio de Janeiro, apesar das variações de épocas com suas conjunturas peculiares.

Um Mundo só de homens. Os capitulares bracarenses e a vivência da masculinidade na Idade Média

Estudos de Homenagem ao Prof. Doutor José Marques, vol. I, 2006

Um Mundo só de Homens: os capitulares bracarenses e a vivência da masculinidade nos finais da Idade Média Resumo Neste estudo, propomo-nos debater a questão da identidade de género dos clérigos medievais a partir do exemplo dos capitulares bracarenses. Afastando-nos dos autores que vêem naqueles um terceiro género, exploraremos o potencial da teoria das masculinidades múltiplas para concluir pela inequívoca identidade masculina dos referidos clérigos mas com traços diferindo do modelo cavaleiresco então dominante.

Capitães de Mar e Mato: filosofia e autobiografia caiçara

2018

Este artigo é uma aproximação das autobiografias ou trajetórias de vida como objeto de pesquisa. Mais especificamente sobre trajetórias e relatos autobiográficos de um grupo populacional tradicional conhecido genericamente por Caiçaras. Essa aproximação acontece a partir de uma longa experiência nos territórios das terras úmidas, ilhas e manguezais do litoral do Paraná, em especial a Baía de Paranaguá e planície costeira paranaense. O tema das autobiografias e trajetórias de vida emerge a partir da própria história da antropologia, que aos poucos coloca seus “nativos” no centro das discussões e que por fim os nomina individualmente e os localiza em espaços e tempos bastante definidos. Como docente sempre exprimi a vontade em escutar e organizar ementas e projetos a partir da necessidade e trajetórias dos discentes envolvidos, tendo apenas o papel de mediador e o responsável pela densidade e complexificação dos debates. Como antropólogo sempre me comprometi com os “meus nativos” em suas questões e problemas reais para eles, por mais que a academia os ignorasse. Durante os procedimentos de campo executados para minha dissertação de mestrado percebi a imensa responsabilidade com relação à transcrição de relatos de informantes no sentido de minimizar traduções de minha parte. Os relatos gravados em áudio foram então transcritos integralmente e compõe o corpo do texto narrado em primeira pessoa. Ao finalizar esse trabalho estava certo que um caminho teórico possível seriam as narrações dos informantes em primeira pessoa, as autobiografias e as trajetórias de vida. Com o tempo fui colecionando relatos de vida de diversos informantes no litoral do Paraná e que cada qual em sua diferença representa um olhar sobre o mundo a partir de um fragmento da cultura caiçara. Um deles é de José Muniz, artista, historiador, bonequeiro e fandangueiro. Guaraqueçabano escreve um mestrado na UFPR contando sua trajetória de vida caiçara a partir da arte, música e festa. Também Geraldo Silva, mestre capoeira relata sua trajetória no município de Matinhos a partir da capoeira, qual se dedicou na Graduação e Especialização. Por fim, o professor Ilton Gonçalves, historiador, quilombola morador no Batuva, município de Guaraqueçaba, que publica Minha Triste e Alegre História de vida, todo em poesia. A partir dessa aproximação inicial e autobiográfica parte a discussão e a densificação bibliográfica para o tema.

As nótulas bibliográficas de alguns “influentes” na transição da Monarquia para a República em Leiria

2010

São, evidentemente, os provenientes das classes sociais com protagonismo económico e social, que "mandavam" em Leiria a partir de 1910, e não os proprietários agrícolas, que conjuntamente com o clero, perdiam influência para o mundo diversificado da pequena burguesia dos lojistas, dos comerciantes, dos pequenos funcionários públicos, dos caixeiros e doa amanuenses, capitaneadas pela elite letrada das profissões liberais, confirmando a tendência detectada nos finais do sec XIX 1 , resultante da perca dos rendimentos agrícolas 2 e o aparecimento da indústria e comercio. Se não vejamos: AFONSO, Manuel Joaquim (1804-1871) 3 , nasceu em Lamas uma aldeia na freguesia da Alvadia (Ribeira de Pena -Vila Real), em 1804. Morreu em Vila Real, em 1871. Filho de modestos lavradores, foi ainda muito novo para Leiria seguir a sua vida comercial. As suas simpatias pelas ideias liberais o tornaram suspeito às autoridades, que o prenderam por ser "constitucional"! Esteve preso durante a "zanga real" 6 anos, "correndo mais de quarenta cadeias e passando por muitos incómodos, sustos e privações", que só terminaram com a sua fuga da cadeia de Carrazeda de Ansiães. Finda a "zanga real", voltou para Leiria, onde se conservou até ao falecimento do tio de sua mulher, o abastado negociante de Lisboa, Silvério , que tinha legado grande parte dos seus haveres à sua sobrinha. Adquiriu múltiplos bens em Leiria, como as propriedades da família Castelo Branco no Terreiro, a Quinta de Lagar de El-Rei e o Paço Valadares, que vendeu quando necessitou de adquirir participações na nascente indústria nacional. Foi arrendatário da fábrica de vidros da Marinha Grande (1848 -1859) 4 , aí se revelando um industrial de grandes recursos, pois modernizou a fábrica. Também lhe pertenceu uma fábrica de vidros, situada na Rua das Gaivotas, em Lisboa. Foi ele que fundou a Fábrica de porcelana de Sacavém. Chegou a emprestar dinheiro ao Governo e foi político de grande influência liberal em Leiria. Aí recebeu a visita da Rainha D. Maria II que o quis agraciar com o título de Barão do Lagar d'El Rei que ele não aceitou. Deixou como filhos, o Francisco de Morais Afonso, empregado numa conservatória de Lisboa; duas filhas solteiras e duas casadas, sendo uma com João Crisóstomo Melício, Visconde de Melício, e a outra com o Joaquim Taibner de Morais, sobrinho dele e governador civil do Porto quando da revolta republicana de 1891.